Pesquisadora de Guarapuava representa o Brasil em levantamento sobre edição gênica

A edição gênica pode ser utilizada em diversos setores como agroindústria e saúde, e permite alterar características ou propriedades dos organismos vivos, para “consertar”, melhorar ou produzir novos bioprodutos

A pesquisadora do Vale do Genoma, Daiane Priscila Simão Silva, está representando o Brasil na produção de um levantamento sobre edição gênica, que será publicado, no ano que vem, no Third International Summit on Human Genome Editing na Royal Society em Londres.
A edição gênica pode ser utilizada em diversos setores como agroindústria e saúde, e permite alterar características ou propriedades dos organismos vivos, para ‘consertar’, melhorar ou produzir novos bioprodutos. Com as pesquisas também surgiu a possibilidade de realizar a edição embrionária em células humanas, podendo alterar o genoma da primeira célula de um embrião, alterando as características do bebe antes de sua formação completa. Essa mudança traz diversas discussões éticas sobre alterar características específicas, podendo trazer no futuro mais desigualdade, além de que pode alterar mais pontos do que o planejado, trazendo riscos desconhecidos.
Segundo a pesquisadora, a edição gênica tem sido amplamente discutida e tem mobilizado vários fóruns sobre o tema. Um deles é o da Royal Society que tem sido realizado para poder acompanhar a questão de governança e saber o que os países têm feito de legislação, estudos, acompanhamentos e intervenções para que o processo seja feito da melhor forma possível.
Para a construção do levantamento de boas práticas e de ações de governança dos países, a ONU e outras instituições envolvidas se organizaram para encontrar em cada país cientistas que já discutam sobre edição gênica e as questões éticas e no caso do Brasil a Doutora Daiane é a representante. “A importância de participar é mostrar até onde o Brasil já caminhou e perceber o que nós podemos fazer para o incentivo da pesquisa e as melhores estratégias dentro da parte da ética”, afirmou Daiane.
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