Governo do Estado divulga finalistas do Prime

Primeiro lugar foi conquistado pelo professor Carlos Ricardo Maneck Malfatti, da Unicentro

O Governo do Estado, por meio da superintendência geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, divulgou, nesta quarta-feira (07), os cinco finalistas do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime). Com foco na transformação do resultado de pesquisas acadêmicas em produtos com potencial de mercado, o Prime tem como finalidade contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Paraná.

O principal objetivo é apoiar titulares de patentes para transformarem as invenções em produtos comerciais, incentivando a abertura de startups e o licenciamento e transferência de tecnologia. Ao todo, 14 projetos participaram das primeiras etapas do Prime.

Os cinco finalistas serão contemplados com um programa de pré-aceleração de startups, ofertado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae/PR). Também receberá uma bolsa-auxílio e capacitação avançada em desenvolvimento de negócios.

Vencedores – O primeiro lugar foi conquistado pelo professor Carlos Ricardo Maneck Malfatti, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), que desenvolveu uma cerveja artesanal, enriquecida com bioativos para diabéticos, a partir da utilização de alecrim do campo.

Na segunda colocação, o professor Admilton Oliveira Deméter, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), dará continuidade ao desenvolvimento de um agente biológico para o controle de doenças de plantas. Na pesquisa, além da ação fungicida, o bioproduto obteve resultados favoráveis para o crescimento de plantas com mais vigor. Ele poderá ser aplicado, por exemplo, contra o mofo branco e a ferrugem da soja.

Completam o pódio, em terceiro, a professora Mayra Gallo, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), com o Bio-HiJAck, fungicida biológico para combater a ferrugem-asiática, doença da soja; em quarto, o professor Afonso Gonçalves Júnior, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com um filtro sustentável para descontaminação de águas e solos com base de tabaco; e, em quinto, a estudante de mestrado Camila Rick, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), com Daoxi, dispositivo para o controle automatizado da oxigenoterapia (utilização de oxigénio para tratamentos médicos).

Além dos cinco finalistas, também foi concedida menção honrosa para o professor Fernando Lermen, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), com o projeto Starch Up, um tipo de biofilme para aumentar a vida útil de frutas.

Está prevista para o final deste mês a realização de um evento de encerramento da primeira edição do Prime. Denominado Demo Day (evento de demonstração de projetos inovadores), os empreendedores apresentarão as ideias de negócios para profissionais do mercado.

Prime – Ao longo do programa, lançado em dezembro do ano passado, os participantes foram submetidos a várias rodadas de pitch, uma técnica utilizada para apresentação de negócios inovadores.

Além disso, receberam mentorias especializadas para estruturar os modelos de negócios e compreender como a comercialização dos respectivos produtos e serviços poderá transformar a realidade dos públicos de interesse.

Na primeira edição, o Prime contabilizou 12 horas de capacitação, 76 horas de consultorias individuais, seis horas de mentorias coletivas e cinco rodadas de pitch com cada participante.

Segundo o coordenador de Ciência e Tecnologia da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Marcos Aurélio Pelegrina, o Prime foi idealizado para impulsionar o Paraná como um Estado estratégico na indução e promoção de conhecimento e inovação.

“Entre os resultados esperados, pretende-se intensificar a pesquisa científica e tecnológica em áreas estratégicas, contribuindo para o desenvolvimento do setor produtivo”, afirmou.

Ele destacou o papel das instituições estaduais de ensino superior no incentivo à cultura empreendedora, a partir de ações desenvolvidas nos núcleos de inovação e tecnologia, os chamados NITs.

“Identificamos oportunidades no ambiente universitário e estimulamos a inovação, como um nicho de mercado, por meio da pesquisa aplicada, amparada pela proteção intelectual”, explicou o coordenador.

Lei da Inovação – O Governo do Estado tem articulado medidas para promover transferência de tecnologia, estimular o patenteamento e o registro das invenções, além de auxiliar os pesquisadores na cessão e no licenciamento de novas tecnologias. Exemplo desse conjunto de ações, a Lei de Inovação (Lei nº 20.541), sancionada em abril deste ano, busca desenvolver o ecossistema de empreendedorismo em todo o território paranaense.

Estabelecidas pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT Paraná), o Estado tem algumas áreas estratégicas da ponte universidade-sociedade: agricultura e agronegócios; biotecnologia e saúde; energias sustentáveis renováveis; cidades inteligentes; e sociedade, educação e economia. Esses cinco segmentos são amparados pela transformação digital e pelo desenvolvimento sustentável.