Pesquisadoras da UFPR enaltecem trabalho da Procuradoria da Mulher

Ideia é firmar parcerias para desenvolvimento de atividades e pesquisas, com o objetivo de que mais mulheres participem dos ambientes políticos

Um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal do Paraná (UFPR) visitou a coordenação da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná, nessa sexta-feira (27), e conheceu um pouco do trabalho da rede de Procuradorias espalhadas por todas as regiões do estado.

“Desde que a Procuradoria foi criada temos reunido informações e feito contato com vereadoras de praticamente todo o Paraná e a UFPR trabalha com pesquisas para mapear a situação das mulheres no interior. Creio que podemos atuar em parceira, fornecendo esse mapeamento para o grupo”, afirmou a coordenadora da Procuradoria da Mulher, Alessandra Abraão.

“Ficamos encantadas com os detalhes mapeados e temos a intenção de desenvolver atividades e pesquisas em conjunto, aproveitando esses dados tão importantes que a procuradoria possui”, acrescentou Maria Rita de Assis Cesar, professora da área de Educação e pró-reitora da área de Assuntos Estudantis da UFPR.

As integrantes da coordenadoria mostraram ao grupo, que reuniu três núcleos de pesquisa nas áreas de educação e economia, um mapa do Paraná detalhado com pontos em rosa, laranja e verde, cores que apontam onde há vereadoras e onde há Procuradorias Municipais funcionando. “É um trabalho intuitivo, que mapeou a situação das mulheres no meio político de cada região, e que vem de encontro ao trabalho que procuramos desenvolver na Universidade”, observou Maria Rita.

A Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa foi instalada em 2019, com o intuito de buscar cada vez mais a representatividade feminina e apoiar, tanto as candidatas a cargos eletivos, como as vereadoras, para que se interessem cada vez mais pela participação nesse ambiente.  No início, eram entre 10 e 12 procuradorias instaladas nas Câmaras Municipais no interior do Paraná. Hoje, após três anos, e ainda passando por um período de pandemia (e isso é preciso ser levado em conta), já são 85 Procuradorias Municipais funcionando regularmente e mais 80 em processo de implantação.

“É a maior rede de procuradorias no país e é por isso que queremos que esse fenômeno seja estudado. E que se desenvolvam ainda mais políticas públicas voltadas para elas e que cada vez mais mulheres e vereadoras sejam capacitadas”, enfatizou Alessandra.   Se essa capacitação vai se reverter em mais candidatas nas eleições de outubro? “Trabalhamos todos os dias para isso”, respondeu a coordenadora.

A Procuradoria da Mulher atua também como a representação do Poder Legislativo na Rede de Enfrentamento à Violência de Gênero, ao mesmo tempo que atua na defesa dos direitos adquiridos das paranaenses, mediação para aprimoramento de políticas públicas existentes e articulação para criação de novas políticas de proteção e empoderamento feminino.

A procuradoria está aberta, ainda, para receber denúncias de discriminação, cerceamento de direitos e violência contra a mulher, promovendo os encaminhamentos necessários em busca de soluções rápidas e eficazes junto de qualquer outro órgão e instituição, sejam públicos ou privados.