História do tropeirismo de Guarapuava é contada em livro

A obra aborda o universo do tropeirismo e toda complexidade de suas formas econômicas e sociais do período

A trajetória do tropeirismo nos séculos 18 e 19 é retratada no livro “Caminhos do tropeirismo em Guarapuava”, de autoria da professora da Unicentro Raquel Virmond Rauen Dalla Vecchia.

A obra aborda o universo do tropeirismo e a complexidade de suas formas econômicas e sociais, demonstrando a articulação desta atividade entre os setores que estruturavam a economia brasileira daquele período.

Esse setor de subsistência mobilizava o mercado interno e o setor exportador, à época o ouro, que era o condutor da economia. Para poder transportar esse ouro, de Minas Gerais até o Rio de Janeiro precisava de um meio de transporte, então, surge, a partir dali, o tropeirismo.

O livro, que é resultado das pesquisas que Raquel desenvolveu no Mestrado em História pela Universidade Estadual Paulista, a Unesp, mostra como o Paraná se tornou importante nesse mercado em expansão, com a abertura do caminho de Viamão, que ligava o centro criatório de muares no Rio Grande do Sul, ao centro consumidor em Sorocaba, no interior de São Paulo.

“O Paraná era uma área intermediária desse percurso, que ficava entre Rio Grande do Sul e São Paulo. Ele se beneficiou dessa circulação de tropas em seu território, transformando essa atividade em sua principal fonte de renda” explicou a autora.

A obra “buscou focalizar e analisar o papel, o lugar de Guarapuava nesse processo histórico. Então, ele apresentou as questões que envolve os aspectos econômicos e sociais gerados com a abertura da Estrada das Missões.

A partir de Guarapuava, então, se criou um novo caminho que ligava a cidade à região criatória de muares, no Rio Grande do Sul. Então, qual foram os impactos que essa, que foi inserção do tropeirismo, causou na sociedade de Guarapuava” completou Raquel.

O livro “Caminhos do tropeirismo em Guarapuava” está disponível para compra física no site da Editora Dialética.