Prefeitura de Paranaguá na mira dos tribunais
Consórcio que administra a coleta de lixo e a limpeza é alvo de investigação por suposta irregularidade em contrato milionário
Administrada pela família de Marcelo Roque, atual prefeito, nas últimas gestões a sede do segundo maior porto marítimo brasileiro tem sido palco de contínuas reprimendas dos órgãos controladores como o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Contratos de terceirização são motivos de inúmeras ações de improbidade administrativa, que é o crime cometido por agente público, durante o exercício de função ou decorrente desta, ajuizadas por membros do Ministério Público Federal e Estadual, transformando Paranaguá em centro de permanente tensão.
Por lá houveram prisões de vereadores e agentes públicos, e na gestão de Roberto Requião, como governador, o envolvimento de seu próprio irmão, Eduardo, nos escândalos da gestão do Porto de Paranaguá, com tentáculos na prefeitura da cidade, gerida à época pelo pai de Marcelo, Mário Roque.
A coleta de lixo através do consórcio de empresas cascavelenses Biosfera Ambiental, Servimax e a terceirizada OT Ambiental, mostram o intrincado emaranhado jurídico, criado por Marcelo Roque, para gerir o contrato milionário de limpeza pública e coleta de resíduos, varrição de vias e áreas verdes públicas.
Enredo – A Servimax Obras e Serviços Terceirizados EPP, cuja proprietária é Alda Lígia Niada Boeira, que tem como sócias sua filha Priscila Niada Boeira Bueno (morando juntas em Cascavel na Rua Paraná 2282) e a irmã Tâmara Niada Boeira, dona da outra empresa Biosfera Saneamento Ambiental LTDA EPP (ao lado de Luís Carlos de Moura Boeira), faz parte do consórcio com a empreiteira Cima Engenharia e Empreendimentos Ltda e a preposta OT Ambiental.
Agora, o TCE quer saber o verdadeiro novelo que liga estas empresas e a administração de Paranaguá como se depreende da investigação 692315/19 sob responsabilidade do conselheiro Ivan Bonilha.
Suspensão – A publicação da suspensão da Concorrência Pública 010/2020 da prefeitura de Paranaguá mostra o temor de Marcelo Roque pela investigação feita pelo TCE sobre seu contrato na licitação 22/2018 que deu ganho às empresas das irmãs Boeira é do preposto da OT Ambiental Construções e Serviços Ltda, dos empreiteiros cascavelenses Olides Berticelli e José Carlos Tortato.
