Bolsas indígenas, de pesquisa e de extensão do Paraná serão corrigidas em 25%

Com a nova tabela, os valores passam de R$ 2.200 para R$ 2.750 (alunos de doutorado); de R$ 1.500 para R$ 1.875 (alunos de mestrado); e de R$ 400 para R$ 500 (alunos de iniciação científica)

O Governo do Estado vai corrigir em 25% todas as bolsas concedidas pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e pela Fundação Araucária para pesquisadores, professores, estudantes e profissionais recém-formados que atuam nas instituições de ensino superior paranaenses em programas de residência técnica, de pesquisa científica e tecnológica, de extensão, e também nos voltados aos indígenas.

O anúncio foi feito pelo governador Ratinho Junior nesta quarta-feira (09) ,durante um evento no Palácio Iguaçu, que contou com a participação do reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, e também dos pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação e de Extensão e Cultura da instituição, respectivamente, professores Marcos Ventura e Lucélia de Souza.

“Muitas dessas bolsas”, destaca o reitor da Unicentro, “estavam sem correção desde 2013. Essa correção já vale a partir do mês de abril e este anúncio foi feito pelo governador aos reitores e pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação, e de Extensão e Cultura de todas as universidades públicas do estado do Paraná, além de lideranças e de estudantes indígenas”.

Os novos valores começam a vigorar em abril e representam um acréscimo de R$ 2,73 milhões, um investimento total de R$ 13,6 milhões apenas em 2022. Os recursos são oriundos do Fundo Paraná – dotação constituída por lei para promoção e fomento da Ciência, Tecnologia e Inovação. O incremento vai contribuir para a formação de pessoas na área da ciência e tecnologia, com impacto no avanço da produção e difusão do conhecimento científico em todo o território estadual. “A universidade e a pesquisa são fundamentais para o desenvolvimento de uma cidade e de uma região. E são peças-chave na melhoria da qualidade de vida das pessoas”, diz o governador.

Os pró-reitores Marcos e Lucélia e o reitor Fábio estiveram na cerimônia em que foi anunciada a correção (Foto: Divulgação)

Com a nova tabela, os valores das bolsas passam de R$ 2.200 para R$ 2.750 (alunos de doutorado); de R$ 1.500 para R$ 1.875 (alunos de mestrado); e de R$ 400 para R$ 500 (alunos de iniciação científica). De acordo com a Seti, em fevereiro deste ano foram pagas 751 bolsas-auxílio para profissionais e estudantes de diferentes iniciativas institucionais, como os programas de Restec e Universidade Sem fronteiras (USF).

“É um momento muito especial, em que podemos proporcionar um dos maiores índices de correção do País nos valores das bolsas. Isso garante ao Paraná acabar com o que chamamos de ‘evasão de cérebros”, ressalta o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.

O Paraná é o único Estado do País que dispõe de vestibular indígena como política pública estadual. O Programa Universidade para os Índios tem 265 alunos matriculados em cursos de graduação e de pós-graduação. São ofertadas bolsas-auxílio em duas modalidades: estudante indígena sem filhos e estudante indígena com filhos. Com o reajuste de 25%, os valores dessas bolsas passarão de R$ 900 para R$ 1.125 e de R$ 1.350 para R$ 1.687,50, respectivamente. As bolsas não eram corrigidas desde 2016. O estado também conta com mais de 800 residentes técnicos ativos, em diferentes programas. Nesse caso, as bolsas passam de R$ 1.900,00 para R$ 2.375,00.

A Fundação Araucária, no ano passado, concedeu um total de 4.380 bolsas, somando R$ 37,9 milhões. Desse montante, R$ 18,6 milhões, equivalente a 49,27%, foram destinados ao fomento da produção científica e tecnológica. Outros R$ 18,6 milhões foram direcionados para formação e qualificação de pesquisadores, contemplando bolsas de iniciação científica e desenvolvimento tecnológico, extensão universitária e inclusão social.

O reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, destaca que as bolsas são essenciais para assegurar o padrão de excelência da produção científica paranaense, com impacto no desenvolvimento econômico, social e sustentável.

“Eu destaco a importância da correção das bolsas porque é um incentivo a mais aos estudantes para se engajarem em projetos de pesquisa, de extensão, a concorrerem em programas de residência técnica. Também podemos destacar que essa correção dá uma segurança financeira a muitos estudantes e residentes. Então, para a gente foi uma satisfação receber esse comunicado de que as bolsas pagas pelo governo do estado do Paraná receberão essa correção a partir de primeiro de abril”.