HISTÓRIAS DE GUARAPUAVA BAILE DO ROBERTO CARLOS NO C.T.G.

No início da década de 70 surgiu a ideia do então presidente da UGES (União Guarapuavana de Estudantes Secundários) fazer a promoção mais arrojada da cidade, trazer sua majestade o Rei da Jovem Guarda, Roberto Carlos e sua ‘’trupe a Banda RC-7 e colocou na cabeça que poderia e correu atrás dos pormenores. Iniciou-se as negociações com o intermediador e empresário da grande estrela brasileira, concretizou dois show, primeiro no Cine Guará e baile no CTG Fogo de Chão e a data definida dia 21 ade abril de 1973, um sábado de aleluia. Saiu uma fortuna que Lourival Araújo, o presidente, garantia que ia conseguir arrecadar. Apostou nos amigos estudantes e começou a distribuir ingressos, cada um pegava grande número e saia vendendo na praça guarapuavana. Chegou o grande dia, hora de reunir o montante, começou a contagem da soma arrecadada, Lourival confiou nos amigos e se deu mal, a maioria era malaco. Gastaram e não entregaram a grana.
Chegada a hora do show no Cine Guará, os músicos do RC-7, banda que acompanhava o Rei, bateram o pé e exigiram pagamento adiantado, correria total, morde de um lado morde de outro, corre um livro de ouro na cidade até que conseguiram a quantia necessária. Talvez esse fosse o show de Roberto Carlos com menor número de público. Primeira etapa se cumpriu agora focar no Show Baile no CTG Fogo de Chão. A presença da nata da sociedade estava no local, todas as mesas vendidas, não tinha espaço pra mais ninguém. Cadê a  grana, novamente, agora era para o Rei, faltava 50%, e já passando da meia noite e todos ansiosos a espera de Roberto Carlos. Neste exato momento entra o prefeito do município. Sem esperar os organizadores recorreram ao ilustre e relatam o fato. De imediato, o Excelentíssimo agarrou um chapéu tipo mexicano que estava de enfeite e começou a percorrer a pista pedindo ajuda. Iniciou na mesa de um próspero empresário do ramo de transporte, o qual cheirando uísque Chivas, pegou o maço das mais altas notas e depositou no dito chapéu. Foi na pessoa certa, dai ninguém mais quis ficar por baixo e os ricos empresarios um mais esnobe que outro, completaram a soma e até sobrou, transbordando o chapéu. E teve inicio o baile. O Rei foi merecedor dos mais calorosos aplausos do público presente. Relembrou no show alguns dos seus maiores sucessos do seu vasto repertório e de forma simpática, assim conquistou inteiramente a plateia no salão superlotado e o baile animadíssimo. Alguns dos presentes lembram que a última musica foi “A Montanha”, com ela tocando o Rei apresentou todos os componentes da Banda e as luzes estereoscópicas acessas não mais se viu o grande astro que sumiu e com o playback ligado o show acabou . O Rei da Jovem Guarda deixou as belas guarapuavanas a ver navios, ouriçadas, sem poder agarra-lo e beija-lo Roberto sumiu na fumaça que emergia no palco. Embora evitando o assédio do público por compreensíveis razões de segurança a vinda de Roberto Carlos ficou marcada nos anais da sociedade como uns dos maiores bailes que se teve noticia.

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