Em Guarapuava, dois vereadores são condenados por esquema ‘fura fila’

Além deles, mais quatro réus foram denunciados pelo MPPR por favorecimento de usuários do SUS

Dois vereadores de Guarapuava, três de seus assessores e a ex-diretora do Consórcio Intermunicipal de Saúde de Guarapuava, Pinhão e Turvo (Cisgap) foram condenados, criminalmente, pela inserção de dados falsos no sistema de informática que gerenciava as filas de espera de consultas médicas do Sistema Único de Saúde (SUS).

O objetivo do esquema, segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), era favorecer determinados usuários. A sentença atende denúncia do ministério e é decorrente da Operação Fantasma II, investigação conduzida pelo MPPR, por meio do núcleo de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Segundo a denúncia, também formulada pelo Gaeco, os vereadores e seus assessores, com participação e conhecimento da então diretora do Cisgap, usavam da influência decorrente dos cargos para favorecer usuários do SUS, que ‘furavam’ a fila de espera de consultas de especialidades médicas, prejudicando assim os demais usuários.

Condenados – Os condenados são os vereadores Marcio Luis Carneiro do Nascimento e Celso Lara da Costa, a ex-diretora do Cisgap, Marcia Andreia de Brito, e os assessores Caroline Marcondes de Lima, Amauri Opuchkevitch e Emerson Roberto Wendler.

Penas – Vereador Marcio Luis Carneiro do Nascimento – 5 anos e 3 meses (regime inicial semiaberto), Celso Lara da Costa – 9 anos (regime inicial fechado), a ex-diretora do Cisgap, Marcia Andreia de Brito – 18 anos e 20 dias, os assessores Amauri Opuchkevitch – 4 anos e 4 meses, Caroline Marcondes de Lima – 5 anos e Emerson Roberto Wendler – 5 anos e 20 dias de reclusão em regime inicial semiaberto.

Ainda cabe recurso da sentença de primeiro grau, proferida pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da comarca.

Os citados

Em uma rede social, o vereador Marcio Carneiro disse que tinha certeza de que seria absolvido, que está muito triste, mas de cabeça erguida por que, segundo ele, não fez nada de errado. Márcio Carneiro informou, ainda, que irá recorrer da decisão e vai até as últimas instâncias para provar sua inocência.

O vereador Celso Costa também disse estar com a consciência tranquila e que vai recorrer da decisão judicial.

Até o fechamento dessa matéria não obtivemos resposta dos outros citados.