Pesquisadora paranaense aborda sustentabilidade criativa em São Paulo
4º Fórum Nacional Sesc das Juventudes do LABmais acontece entre 1 e 3 de outubro e reúne jovens de várias regiões do Brasil
A paranaense Stefany de Lucas, idealizadora e coordenadora do projeto João Cândido e integrante do coletigo Resistência Ativa Preta e do Fórum Paranaense de Religião de Matrizes Africanas, vai participar do 4º Fórum Nacional Sesc das Juventudes do LABmais. O evento acontece no Sesc Belenzinho (SP), entre 1 e 3 de outubro, e contará com a participação de jovens integrantes do projeto de várias regiões do país.
Pesquisadora na área de Direito, Relações Raciais e Comunidades Tradicionais de Terreiro, Stefany participará de debates sobre ‘Sustentabilidade Criativa: arte e cultura como força identitária e resiliência das juventudes’. O objetivo será discutir como arte e cultura podem ser poderosas ferramentas para promover a sustentabilidade, preservando identidades e territórios das juventudes. O fórum abordará as tecnologias ancestrais, inovações tecnológicas, integração de práticas sustentáveis na produção artística e cultural.
Com o tema “Sustentabilidade Criativa: arte e cultura como força identitária e resiliência das juventudes”, o fórum é uma ação desenvolvida no âmbito do Laboratório Sesc de Artes, Mídias, Tecnologias e Juventudes, o LABmais. O projeto é uma plataforma educativo-cultural idealizada para dialogar com o público jovem a partir de tecnologias de experimentação, comunicação e socialização.
Os integrantes dos Laboratórios foram os responsáveis pela concepção e curadoria da questão tema e da programação do evento, dentro do propósito de protagonismo das juventudes que norteia o projeto. Os jovens terão a oportunidade de discutir sobre a economia da cultura e a produção cultural enquanto fontes de renda criativa e sustentável, bem como as diferentes manifestações e expressões culturais e suas capacidades de produzir outras subjetividades.
“Projetos como o LABmais mostram o compromisso do Sesc com os jovens, pois acreditamos no potencial dessa geração. É uma aposta no protagonismo como agente transformador, unindo criatividade, tecnologia e sustentabilidade. Essa combinação, certamente, resultará em uma produção rica e na difusão de conteúdo. Temos a expectativa que esse projeto estimule cada vez mais a economia da cultura, criando oportunidades de capacitação, geração de renda, reconhecimento profissional e social de jovens e adolescentes.
Já o Fórum Nacional Sesc de Juventudes do LABmais reforça esse compromisso ao promover a escuta ativa e o empoderamento das juventudes, permitindo que liderem discussões sobre seus territórios, identidades e futuros, com base em uma visão integrada de cultura, arte e sustentabilidade, pilares da missão educativa do Sesc.”, declarou Janaina Cunha Melo, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.
Compõem a programação do fórum oficinas, painéis, apresentações culturais e uma mostra audiovisual com produções desenvolvidas nos cursos do LABmais, com exibições de filmes do Piauí, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Roraima. A painel de abertura do evento, no dia 1/10, contará com a participação da ativista climática, jovem conselheira do Pacto Global da ONU e fundadora do Instituto Perifa Sustentável, Amanda Costa (SP).
Ela debaterá o tema principal do Fórum ao lado de Stefany de Lucas (PR), integrante do coletivo Resistência Ativa Preta e do Fórum Paranaense de Religião de Matrizes Africanas, Tel Guajajara (MA), indígena do Povo Guajajara/Tenetehar da Aldeia Morro Branco e membro da Coalizão Brasileira pela Educação Climática; e Marcele Oliveira (RJ), produtora cultural, comunicadora e ativista climática, diretora executiva do Perifalab.
LABmais
Criado em 2021, o LABmais – Laboratório de Artes, Mídias, Tecnologias e Juventudes é uma plataforma educativa e ao mesmo tempo um laboratório artístico com foco no trabalho com juventudes, protagonistas da produção e difusão dos conteúdos. As ações realizadas têm a mídia, arte e tecnologia como elementos determinantes para garantir aos jovens uma posição equânime de inserção no mercado de trabalho.
O projeto é realizado em 18 estados e já formou gratuitamente mais de 1,6 mil jovens para o desenvolvimento de diferentes conteúdos, com a produção de podcasts, filmes, clipes, ensaios fotográficos, book trailers, dentre outros processos artístico-culturais, sintonizados com tecnologias de interação midiática comuns a essa geração.