Covid-19: Estado e municípios ajustam estratégias para acelerar vacinação

A orientação é que as prefeituras apliquem integralmente, sem deixar reserva, a nova remessa de vacinas para primeira dose que deve chegar nos próximos dias

O Governo do Paraná reuniu, nesta quarta-feira (07), por videoconferência, prefeitos, secretários municipais de saúde, diretores de Regionais de Saúde e da Casa Civil para intensificar a vacinação contra a Covid-19. O Estado aguarda para os próximos dias uma nova remessa de vacinas do Ministério da Saúde.

Na semana passada, o Paraná recebeu 525.457 doses de imunizante, sendo a maior parte destinada para a segunda dose, completando o esquema vacinal daqueles que já receberam a primeira, e mais um quantitativo destinado ao início da vacinação de idosos de 65 a 69 anos e trabalhadores das forças de segurança.

“Estamos confiantes que a partir da segunda quinzena de abril vamos dar um fluxo ainda maior na vacinação, com a ampliação do horário nos locais e a aplicação de vacinas de domingo a domingo”, disse o chefe da Casa Civil, Guto Silva.

Ele orientou os municípios a não guardarem doses. “Todas as vacinas de primeira dose devem ser utilizadas, conforme orientado pelo Ministério da Saúde, não há necessidade de reservar para a segunda dose porque o Governo Federal afirmou que haverá remessas exclusivas para isso”, reforçou.

Silva adiantou que o Governo do Estado vai enviar aos municípios o cronograma de distribuição dessa nova remessa de primeiras doses, que chegarão nos próximos dias, quando também estará em funcionamento, em alguns municípios, a vacinação até a meia-noite. Chamada de Corujão da vacinação, a estratégia se soma à campanha de domingo a domingo, com aplicação de vacinas todos os dias da semana.

“Queremos acelerar a aplicação das doses disponíveis. Nossa mensagem à população é uma só: vamos vacinar à noite e de domingo a domingo. O Paraná não tem tempo a perder”, acrescentou Silva.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o Paraná é o primeiro Estado que propôs a vacinação de domingo a domingo, chegando a ser um dos que mais vacinou no País já no primeiro final de semana da campanha. Ele explicou que o Corujão vai facilitar a imunização daqueles que trabalham ou que precisam de acompanhante para ir até os locais de vacinação.

“Embora neste momento nosso maior público-alvo seja os idosos, grande parte deles precisa de acompanhantes para se descolar até uma unidade de saúde. Pensando nisso, possibilitamos horários alternativos para que essas pessoas não fiquem sem vacina e contamos com a ajuda dos municípios para intensificar as ações e vacinar o maior número de pessoas possíveis”, disse.

Durante a reunião, Beto Preto informou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sinalizou, na terça-feira (06), o envio de mais vacinas para o Paraná ainda nesta semana, além de distribuição de mais de 30 milhões de doses para o Brasil nos próximos dias.

“Em conversa com o ministro, acompanhando o governador Ratinho Junior, tivemos esse retorno de que nos próximos dias o Paraná deve receber uma nova remessa de vacinas. Nosso objetivo é que as vacinas cheguem nos braços das pessoas o quanto antes. A vacinação é o que irá nos salvar desta pandemia, por isso nossas ações de intensificação da vacinação irão continuar em todo o Estado”, afirmou.

Eficiência – Até as 16h30 desta quarta-feira, o Vacinômetro da secretaria de Estado da Saúde indicava que 1.230.845 paranaenses já haviam sido vacinados. O percentual de eficiência da aplicação da primeira dose no Estado chega a 92%. “É um índice muito bom, que expressa a agilidade da vacinação no Paraná”, destacou o diretor-geral da secretaria, Nestor Werner Junior.

O acompanhamento feito pela secretaria da Saúde mostra que quase todos os municípios paranaenses já superam 80% na aplicação das doses recebidas. “Isso mostra que estamos avançando juntos. Esperamos que, com a extensão de dias e horários, todos os municípios cheguem a 100% de aplicação o mais rápido possível”, disse.

Werner disse aos prefeitos que a distribuição de doses do Ministério da Saúde não leva em conta apenas a população, mas a quantidade dos grupos prioritários nos estados. Por isso, o Paraná, que tem cerca de 160 mil habitantes a mais que o Rio Grande do Sul, recebeu menos doses que o estado vizinho.

Na faixa etária a partir de 60 anos, o Rio Grande do Sul tem quase 370 mil pessoas a mais do que o Paraná e essa diferença se reflete no número de doses enviadas pelo Ministério. “O que temos que fazer é vacinar. Vamos focar na eficiência. Vacina recebida em primeira dose tem que ser rapidamente aplicada e a segunda deve seguir o prazo estabelecido”, afirmou.