‘Irmãos’ Elder, missionários do Terceiro Milênio estão em Guarapuava

Dos antigos apóstolos aos missionários modernos; jovens saem pelo mundo para evangelizar

Você, provavelmente, já deve ter visto esses jovens pelas ruas, de nossa cidade, ou recebido a visita deles. Andando sempre em dupla, eles são, para quem não sabe, jovens missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Ao contrário do que a maioria pensa, não são somente as Testemunhas de Jeová que praticam essa missão pelo mundo. Ao todo, em Guarapuava, estão dez missionários.

Seguidores de Mórmon e Joseph Smith, Elder Dun (primeiro nome é Brayden), 20 anos, da Califórnia (EUA), está no Brasil há um ano e nove meses e Elder Chambers (primeiro nome Samuel), 19 anos, natural de Idaho (EUA), que revelou estarem gostando muito do Brasil, está há um ano e três meses em nosso país.

Reparou na coincidência dos nomes? Não, eles não são xarás, ‘Elder’ – que significa missionário – é como são chamados os homens e as mulheres são chamadas de sisters.  

Durante dois anos, assim como todos os outros, os jovens ‘deixaram tudo para trás’ (família, emprego, estudo…) para sair em missão pelo mundo, ou seja, compartilhar o Evangelho com quem quiser, independente de religião, ou falta dessa. Nesse período percorrem vários lugares.

Em cada lugar que passamos, ficamos um período de três a seis meses, evangelizando naquele lugar e depois vamos para outros lugares, disse Elder Dun. Os americanos devem ficar até dezembro em Guarapuava.

Elder Chambers explicou que para ser um evangelizador, o primeiro passo é preciso ter o desejo de se tornar um, depois manifestar sua vontade por escrito. Nós mandamos uma carta para o profeta da nossa igreja, e, nessa carta, nós falamos que estávamos dispostos a servir ao Senhor por dois anos.

Segundo Chambers, depois de ler a carta o profeta recebe uma ‘revelação’ que diz onde os voluntários irão servir a sacra missão de evangelizar. Foi assim que vieram parar no Brasil, e, agora, em Guarapuava.

De acordo com os rapazes, quando, às vezes, são comparados aos apóstolos, respondem que são apenas missionários, com uma mensagem para todas as pessoas, e sempre convidando as pessoas a chegar mais perto de Cristo, por meio da leitura das Escrituras e orações.

Para Chambers, o Brasil é bem mais receptivo que outros países. Eu tenho amigos na Europa, e as pessoas são bem mais fechadas, não só para religião, mas para as coisas de um modo geral. As pessoas de Guarapuava são bem abertas. Nós gostamos muito do povo daqui.

De cada dez pessoas, seis ou sete, recebem os jovens missionários, que, por incompreensão de seus empregadores, perderam seus empregos. Nada que abale a fé dos jovens pregadores.

Vivemos muito bem nossas vidas assim. Durante dois anos, estamos bem mais perto do Senhor. Aprendemos a lidar com os problemas do mundo e espiritualmente também, revelou Chambers, que acrescentou:

“Gostaríamos de convidar todas as pessoas. Quando vocês virem a gente na rua, podem dar um grito. Estamos aqui para ajudar todas as pessoas a chegar mais perto de Cristo. Sabemos que o amor de Cristo não tem limites, ele ama todos nós igual, que todos nós temos essa capacidade, realmente, isso é o que Ele quer de nós. Por isso ele se sacrificou por todos nós, finalizou Dun.