Filhote de puma resgatado em Prudentópolis é tratado na Unicentro

O animal – também conhecido como onça parda ou suçuarana – foi levado por uma equipe do escritório IAT de Guarapuava

Uma fêmea filhote de puma está recebendo atendimento no Cafs, que é o Centro de Atendimento à Fauna Silvestre da Unicentro. O animal – também conhecido como onça parda ou suçuarana – foi levado à universidade por uma equipe do escritório regional do Instituto Água e Terra (IAT) de Guarapuava.

“O animal é muito novo, quase um recém-nascido. Ele está com os olhos fechados. Então, deve ter, no máximo, uns sete dias de vida”, explicou (na sexta-feira, dia 29) o coordenador do Centro de Atendimento à Fauna Silvestre, professor Rodrigo Antônio Martins de Souza.

A puminha foi resgatada em de Barra Bonita (área rural de Prudentópolis). A comunidade, como contou Rodrigo, é formada por pequenas propriedades que mantém muitas áreas de vegetação nativa. Segundo relato dos moradores do local, a onça teria se assustado com o barulho de uma roçadeira e com o latido de cães, e, na fuga, teria deixado o filhote, que estava levando na boca, cair.

Depois de resgatado, o animal foi levado para o Cafs, onde segue recebendo atendimento e sendo monitorado 24 horas por dia. “É um animal muito pequeno, muito frágil, por conta da idade. Ele passou por exame físico completo e segue em monitoração. A equipe está atuando inclusive a noite. É um animal que tem uma dificuldade de manter a própria temperatura, precisa mamar a cada duas horas aproximadamente”, detalhou Rodrigo.

Como a família que encontrou o filhote de onça localizou também a toca, equipes do IAT e do Cafs vão monitorar o local. “Nós vamos instalar armadilhas fotográficas na região da toca, ver como está a área e o uso dela, para ver se a mãe continua ali e, eventualmente, fazer a devolução do animal. Não seria fácil devolver esse animal para a mãe agora. Mas, pelo menos, queremos ter a certeza se ela continua usando a área ou não, para tomar uma decisão um pouco mais acertada”, explicou o coordenador o Centro de Atenção à Fauna Silvestre. Ele também salientou que se o filhote não puder ser devolvido à mãe, ele vai ser criado em cativeiro – o que é bom para o indivíduo, mas não para a espécie.

Rodrigo ainda explicou que a filhote de onça necessitará de cuidados por um tempo prolongado. “Apesar de ser um filhotinho saudável, é um animal muito frágil, que depende da mãe. Esses animais ficam com a mãe por cerca de dois anos. Mesmo que eles mamem por 45 a 60 dias, são animais que ficam junto da mãe por muito tempo, para aprender a se virar na natureza”.