Di Sandi: tradição aliada à qualidade

Jornal Extra visita vinícola Di Sandi e traz algumas particularidades e destaca o segredo do sucesso da marca

     A reportagem do Jornal Extra Guarapuava está fazendo uma serie de reportagens sobre a Rota do Vinho de Bituruna que se tornou um dos maiores produtores de vinhos do Paraná. Nesta edição vamos conhecer um pouco da história da Vinícola Di Sandi, contada pelo empresário Adilson Jerri Sandi. Confira alguns tópicos da entrevista.

Jornal Extra- A linha de vinhos Di Sandi é uma das mais bem avaliadas pelo mercado consumidor paranaense. Como foi o percurso para chegar a esse patamar de qualidade e produtividade?

Di Sandi- A nossa história teve início quando os descendentes italianos chegaram à Serra Gaúcha, migrando para região de Bituruna em 1932. Desde então deu-se início ao 1º vinhedo, que está até nos dias atuais está produzindo e vendendo a fruta da uva e o vinho. A partir de 2002 foi registrado a vinícola com marcas e variedades de vinhos Di Sandi, Casca Dura e Bituruna. Eu diria que a vinícola nasceu da paixão pela arte de produzir uvas e vinhos, onde a família sempre buscou preservar a tradição em vitivinicultura e o sucesso alcançado na produção de vinhos se deve em grande parte a união familiar.

Jornal Extra- Por que Casca Dura e o tem que diferencial nesse vinho?

Di Sandi- É uma uva típica da região que se adaptou muito bem nestes solos, que dificilmente será encontrada em outras regiões. O nosso maior desafio atualmente é a conquistar a abrangência do mercado, com novos consumidores. Para isso estamos trabalhando em pesquisas e equilíbrio para que venha agradar os mais diversos tipos de paladares e exigentes.

Jornal Extra- Além da venda externa a vinícola também recebe visitantes?

Di Sandi- Sim! Nossa estrutura é toda em pedras, que faz lembrar casarões antigos da Itália, onde as pessoas podem degustar a variedades de vinhos que temos da marca Di Sandi. Os visitantes tem acesso aos vinhedos, onde podem colher e saborear cada tipo de uva, que são transformados em vinhos nos períodos de colheitas.

Jornal Extra- Vocês contam somente com a produção própria ou tem parcerias com outros produtores?

Di Sandi- Além do vinhedo da vinícola nós contamos com a produção de mais cinco produtores. A empresa é conduzida com muitas mãos, desde o cultivo no campo, como na transformação em vinhos, comercialização e distribuição.

Jornal Extra- Bituruna não se tornou o maior produtor de vinhos por acaso, como vê essa elevação do município tendo a uva como a menina dos olhos?

Di Sandi- A cidade já teve seu auge na década de 1960, onde uma única vinícola absorvia toda produção, que mais tarde com o fechamento dessa empresa tivemos um período de decadência. Nos últimos anos com alguns programas e ações dos gestores públicos foi retomada a atividade. A Di Sandi acreditou nesse potencial que a região tem e investimos dentro de um planejamento bem pensado para chegarmos no resultado atual de ver os nossos produtos sendo consumidos em diversas partes do Paraná e outros estados.

Jornal Extra- Para quem iniciou na produção de vinhos em garrafões, como vê a linha de produtos Di Sandi nos estabelecimentos comerciais?

Di Sandi- Não desmerecendo nenhuma outra marca ou produto, porque cada região tem suas características de uvas, mas temos aqui vinhos de aromas e sabores único. Ao consumir nos vinhos, você estará consumindo o terroir, que são as características regionais do solo, clima e a uva.  A vinícola tem esse propósito de produzir vinhos de qualidade que venham agradar os exigentes paladares, para isso, não poupamos trabalho e dedicação, buscando sempre atualização nas áreas produtivas, tecnológica e humanas.

Jornal Extra- Vocês entraram no mercado dos vinhos espumantes, como vê esse novo desafio?

Di Sandi- O consumo do espumante vem crescendo no mercado brasileiro nos últimos anos. Estamos otimistas com o lançamento do nosso produto, onde as pessoas poderão degustar e apreciar uma bebida típica da região. Antes se falava na Champanhe, mas essa bebida vinha de países como a França. As pessoas ainda confundem o espumante com outros tipos mais adocicados e muitas vezes com preços mais baratos. Aqui nós trabalhamos somente com uvas, como da variedade Moscatel. Temos certeza que quem provar vai aprovar o nosso espumante de Bituruna.

Jornal Extra- Se fala muito dos sucos naturais, como vê esse mercado?

Di Sandi- Outro produto que vem crescendo que poderia dizer a nível assustador. Até pouco tempo era consumido em torno de 300ml per capita, nos dias atuais o consumo é intenso e quando o Nordeste passar a experimentar esse produto, certamente haverá falta de uvas no Sul do País. Estamos produzindo para buscar atender esse mercado que também é exigente, com o desafio de produzir uma bebida que agrade os mais diversos paladares.