UPAS e Emergências realizam mais de 12 mil atendimentos em janeiro

Os dados revelam aumento da demanda nas unidades no início deste ano e a classificação de risco das pessoas que procuram atendimento médico

Um balanço realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostra que foram realizados 12.396 atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento do Trianon e Primavera e na UPA Batel, neste mês janeiro, até a última quarta-feira (19), às 15h. Os dados revelam o aumento da demanda nas unidades no início deste ano e a classificação de risco das pessoas que procuram atendimento médico. 

Desse total, 202 casos tiveram a classificação como urgente, correspondendo a 1,62% e outras 3.321 pessoas, 26%, foram classificadas como casos pouco urgentes, já a maioria, 8.825, 71%, não eram urgentes de acordo com o Protocolo de Manchester, adotado para organizar o fluxo nas unidades com a ordem de prioridade de atendimento.

Outros 48 pacientes foram levados diretamente pelas equipes do SAMU ou SIATE. No local com mais atendimentos, a UPA do Batel, dos 4914 pacientes atendidos, 3483 eram casos não urgentes.

Triagem

O Sistema de Triagem de Manchester faz a classificação de risco dos pacientes que buscam atendimento em uma unidade de pronto atendimento conforme a gravidade dos sintomas/quadro clínico.

A avaliação é codificada em cores. Cada cor estipula um tempo médio para o atendimento, de forma a não comprometer a saúde do paciente.

Assim, casos mais urgentes sempre terão prioridade na consulta médica, reorganizando a fila de espera conforme a demanda e a classificação de risco. Pelo levantamento, a maioria dos casos foram classificados pelas cores azul e verde.

“Em Guarapuava, cada paciente que procura a Unidade de Pronto Atendimento, apesar de não receber uma pulseira indicativa com o cor, é classificado conforme a gravidade do quadro apresentado.

Ao analisarmos o fluxo de atendimento vemos que a maioria das pessoas pode ser atendida nas Unidades Básicas de Saúde, mas acabam procurando a UPA. Quem se desloca até uma unidade de emergência tem que estar ciente que o atendimento não é por ordem de chegada”, comentou o secretário de Saúde, Jonílson Pires.

A triagem busca separar os casos urgentes dos não urgentes e garantir o atendimento prioritário dos casos mais graves. Casos não urgentes têm um tempo maior de espera.

As cores são:

vermelho (emergente – prioridade 1),

laranja (muito urgente – prioridade 2),

amarelo (urgente – prioridade 3),

verde (pouco urgente – prioridade 4),

azul (não urgente – prioridade 5) e

branco (atendimento eletivo – prioridade 6).

Casos urgentes

– Parada cardiorrespiratória

– Dor no peito/dor cardíaca

– Falta de ar/dificuldade para respirar

– Convulsão

– Vômitos ou diarreias que não param

– Vômitos com sangue

– Dor abdominal, de moderada a grave

– Dor de cabeça intensa

– Rigidez na nuca

– Queda súbita de pressão

– Elevação de pressão arterial, a partir de 160×100 MMH

– Dor aguda

– Alergia severa (coceira e vermelhidão intensa pelo corpo)

– Envenenamento

– Tentativa de suicídio

– Dor e inflamação nos dentes

Gripe e Covid-19

De acordo com a SMS, boa parte dos pacientes atendidos apresentaram síndromes respiratórias com sintomas gripais e de Covid-19.

A orientação nesses casos é, em primeiro lugar, entrar em contato com a assistente virtual Sara, via site da prefeitura ou aplicativo Fala Saúde, ou pelo 0800 do call center, para ser atendido por uma equipe especializada, marcar o teste de diagnóstico e receber o acompanhamento.

Até essa sexta-feira (21), a Sara realizou mais de dois mil atendimentos via site da prefeitura ou aplicativo Fala Saúde.