Passo a passo para se tornar um doador de medula óssea; fique ligado

Medo do transplante e a falta de informação são os maiores obstáculos para a doação

Medo do transplante e a falta de informação são os maiores obstáculos para a vida de quem está lutando a favor dela. Entretanto, o que poucos sabem, é que os primeiros passos são simples, fáceis e indolores. Pessoas com idade entre 18 e 55 anos, em bom estado de saúde, sem doenças infecciosas ou incapacitante, podem fazer parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Cadastro – Para fazer seu cadastro não é nada complicado. Com um documento com foto em mãos, vá até o hemocentro de Guarapuava e diga que quer ser doador de medula óssea. Após preencher uma ficha com informações pessoais e assinar um termo de consentimento livre e esclarecido, como explicou o diretor do hemocentro, Fernando Guiné, será retirada uma amostra de sangue para fazer o exame de histocompatibilidade (HLA), que é usada para identificar a característica genética de cada doador.

As informações genéticas, bem como os dados cadastrais, são enviadas para o registro do Redome. Em seguida, as informações passam a ser constantemente cruzadas com as de quem precisa de transplante. O voluntário recebe uma carteira de doador, com selo do Redome. Esta carteira também pode ser obtida no site do Redome, lembra Fernado.

O doador só é acionado quando aparecer um paciente com a medula compatível. Por isso, é importante que alterações de telefone e endereço, como já mostramos em matéria aqui, estejam atualizadas no cadastro do Redome. Em caso de compatibilidade, novos testes são feitos. Após os exames, caso seja confirmada a compatibilidade, uma nova consulta é realizada ao doador para certificar se ele realmente deseja fazer a doação.

Método – De acordo com o Redome, na maioria dos casos, a doação é realizada em procedimento ambulatorial, por meio da chamada coleta por aférese. Neste caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias para aumentar o número de células-tronco no sangue. Elas são as mais importantes para o transplante de medula óssea. Após o período, ocorre a coleta do sangue e a separação das células-tronco.

Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia. Os doadores retornam às suas atividades habituais após uma semana da doação. A medula óssea se recompõe em apenas 15 dias.

Ainda de acordo com o Redome, outra opção é feita em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas. Neste procedimento, a medula é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, com duração de 90 minutos. Nos primeiros três dias, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples.