Outubro Rosa: Conheça as histórias de mulheres que venceram o câncer de mama

Dayane e Geovana realçam que a descoberta precoce aumenta as chances de cura por meio do tratamento imediato.

Guarapuava é rosa de janeiro a janeiro é uma campanha da prefeitura para conscientizar as mulheres sobre o câncer de mama. Todos os anos a Secretaria Municipal de Saúde realiza diversas ações promovendo a conscientização e a saúde da mulher guarapuavana e, em 2023, o mês, faltando pouco para acabar, está repleto de atividades. Entre essas ações está o depoimento de duas guarapuavanas que venceram a doença.

Após 20 anos trabalhando como agente comunitária de Saúde e atendendo diversas famílias e pessoas em Guarapuava, em 2022, Dayane de Abreu Coutinho, de 42 anos, descobriu o câncer de mama realizando o autoexame. Ao realizar o exame de toque, Dayane notou a diferença de tamanho, coloração e que a região estava dolorida.

Prontamente, ela decidiu buscar ajuda médica, antes mesmo da data de seus exames de rotina anuais, que incluíam a ecografia, exame de imagem, capaz de fornecer informações detalhadas das estruturas internas do organismo, e a mamografia, exame específico de radiografia que possibilita a identificação precoce de alterações nas mamas.

“A descoberta foi com o autoexame. Eu sempre acompanhava as mudanças do meu corpo e encontrei um nódulo fazendo isso. Foi de extrema importância e fez toda a diferença para que o meu tratamento esteja, hoje, dando certo porque descobri logo no início da doença”, ressaltou Dayane.

Com o acompanhamento médico, os exames foram rapidamente realizados, em menos de uma semana a ecografia foi marcada e o resultado chegou, o que também auxiliou para que Dayane, por meio do Centro de Saúde da Mulher, tivesse o contato com os especialistas da área.

“Foi através do Centro de Saúde da Mulher que eu tive acesso facilitado ao Câncer Center de Guarapuava. Após passar por novas consultas, onde o médico do Centro de Saúde avaliou todos os meus exames, fui encaminhada ao Câncer Center, onde fiz todas as consultas, a biópsia e tive o diagnóstico. Tudo encaminhado pelo município”, destacou.

Diagnóstico

Dayane teve seu diagnóstico no dia 13 de dezembro de 2022 e mesmo com a dificuldade para passar pelo tratamento, momento difícil que exige muito não só do corpo, mas também do psicológico, ela relata que pôde contar com uma rede de apoio.

“O dia do diagnóstico é muito difícil na vida de quem passa por isso. Por mais que eu já tenha conhecimento sobre, é tudo muito confuso, tudo sai do lugar. O tratamento é pesado, você fica em função dele, mas eu tive uma rede de apoio muito grande que eu só tenho gratidão. Família, amigos e até mesmo pessoas que eu não imaginava, mas que estão comigo nessa luta”, relatou.

Outra guarapuavana que encarou a doença de frente foi a agente comunitária Geovana Cristina dos Santos, de 44 anos. Em 2021, Geovana sentiu dores em uma das mamas e, assim como Dayane, realizava o autoexame frequentemente, porém, ela pensou se tratar de algo hormonal e, de início, os sintomas dela eram diferentes dos de Dayane.

“Eu não notei nada anormal quando fazia o autoexame, porém, o tempo foi passando e eu fui sentindo um leve aumento das mamas. Na minha cabeça era a peça do sutiã que estava pequena ou não era de uma qualidade boa, o que me fez aumentar o fecho do meu sutiã, porque na minha ignorância era problema na peça e não no meu corpo”, comentou Geovana.

Ao final do ano de 2021, outro sintoma acometeu Geovana. Segundo ela, durante o trabalho sentia muito cansaço, falta de ar e tontura, mas, novamente, pensou se tratar apenas de cansaço pela correria do fim de ano no trabalho. Foi apenas no começo de 2022 que Geovana realizou uma ecografia para saber o que estava acontecendo com seu corpo.

“Na hora que o doutor colocou o aparelho na minha mama eu mesma já enxerguei e entendi o que estava acontecendo. Ele foi muito profissional, tentou me acalmar, mas foi diferente das outras diversas mamografias que eu já fiz na vida. Porém, as perguntas que ele me fez reafirmaram o que eu já tinha visto na tela do consultório”, contou.

Geovana tem histórico de câncer de mama na família. Sua avó paterna faleceu em decorrência da doença, o que, no momento do diagnóstico, reviveu em sua memória, assim como a sensação de não ter aproveitado sua vida ao lado dos filhos.

“O doutor olhou para ‘mim’ e falou que era um câncer maligno e que o tratamento deveria começar logo. Eu fiquei muito para baixo, na minha cabeça vinha o pensamento dos meus filhos e do meu marido, a gente acha que não tem mais solução”, expressou Geovana.

Poucos dias depois do diagnóstico, a agente já estava no Câncer Center para começar o tratamento.

Tratamento

As duas guarapuavanas passaram por cirurgias para a retirada do câncer. Dayane recentemente, completando 25 dias pós cirurgia, destacou a força de vontade para enfrentar a recuperação. “Estou bem, me recuperando, porque eu quero viver e eu incentivo a todos para que tomem essa decisão”.

Já Geovana realizou uma mastectomia, a retirada completa da mama, um procedimento invasivo, mas eficaz no tratamento. “Na minha cabeça eu pensei que o que importava era eu estar curada”, relatou a agente.

O diagnóstico precoce de Dayane e o tratamento imediato, assim como o de Geovana, foram essenciais para que as duas, hoje, possam expressar suas vitórias.

“O conselho que eu dou para as pessoas que têm câncer ou estão enfrentando um outro tipo de doença é que seja forte e siga em frente, porque essa luta tem dia e hora para terminar e nessa maratona a linha de chegada é a linha em que todos nós saímos vitoriosos. A gente não pode escolher ter ou não um câncer, mas podemos escolher a maneira de como enfrentá-lo”, disse Geovana.

“Quero que todas as mulheres se cuidem e se amem. A importância de você se cuidar começa lá no autoexame, não somente durante o processo, o autoexame é a prevenção de tudo. Se você consegue detectar no início, não tenha medo e procure ajuda médica.

É fácil e simples, o nosso município dá um apoio muito grande para as mulheres. O Outubro Rosa é só um mês de foco para as pessoas lembrarem, mas em Guarapuava temos apoio o ano todo. Não tenham medo, a prevenção é o melhor caminho, é a chance de cura”, comentou Dayane.

Assista o depoimento das personagens da campanha Guarapuava é Rosa de Janeiro a Janeiro:

Ações do Outubro Rosa em Guarapuava

Até o dia 31 a promoção de tatuagens a mulheres que passaram pela cirurgia de mastectomia total ou parcial, aula fitness e palestras estarão sendo realizadas em diversos locais do município.

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