H3N2: 12 casos do subtipo da gripe são registrados em Guarapuava

Menos letal que a Covid-19, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco, como crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, até o momento, 12 pessoas testaram positivo para o vírus Influenza A do subtipo H3N2 em Guarapuava.

Os sintomas são os mesmos da gripe comum e resfriados como febre alta no início do contágio, inflamação na garganta, calafrios, perda de apetite, irritação nos olhos, vômito, dores articulares, tosse, mal-estar e diarréia, principalmente em crianças.

Menos letal que a Covid-19, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco (crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades).

De acordo com a Secretaria, a baixa procura pela vacina contra a gripe pode facilitar a propagação do vírus.

“Em Guarapuava, muitos deixaram de se imunizar contra a gripe em função da Covid-19, apesar da vacina estar disponível para toda a população nas unidades desde o mês de junho do ano passado. Essa é a melhor forma de prevenir, desde que respeitado o intervalo entre as vacinas de anticovid e da influenza. Basta procurar uma UBS.”, explicou Chayane Andrade, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde.

A vacinação está aberta para toda a população (acima de 6 meses de idade) em todas as Unidades Básicas de Saúde e é trivalente, ou seja, apresenta cepa de três vírus diferentes (H1N1, H3N2 e a linhagem B/Victoria). Para ser imunizado, basta ir até uma UBS ou no CISGAP levando a carteira de vacinação e um documento com foto.

Transmissão – Pelo fato do influenza ser um vírus respiratório, assim como o coronavírus, a gripe, como é chamada popularmente, é facilmente transmitida entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra. A prevenção ocorre da mesma forma, ou seja, com distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos.

O período de incubação do vírus H3N2 é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação.

Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias. Mas a doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre.

Testes – Toda semana são coletadas amostras de síndromes respiratórias graves, com exame do tipo PCR, para formar um painel de quais vírus estão circulando pela cidade. Nessas coletas é identificado o subtipo H3N2. O primeiro caso registrado na cidade foi em dezembro de 2021