Deputada alerta para o crescimento da violência doméstica

Segundo Cristina Silvestri, existe uma pandemia paralela a do coronavírus

A procuradora da Mulher, deputada estadual Cristina Silvestri, alertou para o crescimento da violência doméstica, que como ela mesma explicou, se tornou “uma pandemia paralela à do coronavírus”. A violência doméstica, segundo ela, vem crescendo em nível assustador, e com requintes de crueldade que desafiam a capacidade de aceitação humana.

“É inconcebível qualquer pessoa matar, seja homem ou mulher. Mais ainda, quando esta pessoa convive com a vítima, tem filhos com ela, coloca-a numa condição de total submissão e indefesa”, declarou.

De acordo com a procuradora, nessa fase de isolamento, aumentou o número de ocorrências com todo tipo de acontecimento relacionado à agressão contra a mulher. “Fiquei espantada ao saber que um marido agrediu a esposa com pedras e uma barra de ferro. O que leva um pai de família à tamanha covardia contra uma mulher?! É inaceitável, disse Cristina.

A deputada também ressaltou que na Assembleia Legislativa, a procuradoria busca de todas as formas criar mecanismos de defesa das mulheres. “É uma guerra que só será vencida se todas e todos se conscientizarem que este é um grande problema social, que precisa ser denunciado e evitado já no início de uma ameaça de agressão. Assumi a procuradoria Especial da Mulher com este desafio, de contribuir para o empoderamento feminino, de respeito às mulheres, e também de fazer com que as autoridades constituídas cumpram o seu dever em obediência às leis e à segurança pública.”

Cristina falou de alguns desses mecanismos criados para a proteção da mulher: “temos policiais treinados para isso. Temos a Lei Maria da Penha. A Patrulha Maria da Penha. A Lei do Botão do Pânico. A Lei que prioriza as mulheres em situação de risco na profissionalização e inserção no mercado de trabalho. Mas, tudo isso só ganha força se a sociedade fizer a sua parte. Denuncie. Não se cale. Evite a primeira agressão. Vamos, juntas, buscar caminhos, encontrar soluções”, destacou a procuradora.