Violência doméstica lidera ocorrências policiais em Guarapuava

Botão do pânico quer reduzir drasticamente os índices de violência envolvendo conflitos familiares

 

 

Os últimos finais de semana em Guarapuava vêm sendo marcado por inúmeras ocorrências policiais e conflitos de famílias, que na maioria das vezes culminou com agressões contra mulheres e crianças.

Um dos fatos mais graves atendidos pela Polícia Militar foi domingo (4), quando a PM foi acionada via Copom (190), onde do outro lado da linha, uma criança pedia socorro. Os policiais se deslocaram até o Jardim das Américas, de imediato foi visualizada uma mulher na janela pedindo por socorro às equipes policiais, a qual posteriormente foi identificada como sendo a mãe da solicitante. As equipes visualizaram o agressor na porta da residência, o qual ao avistar as equipes disse que não deixaria ninguém entrar no local.

Foi dada voz de abordagem ao mesmo, o qual desobedeceu às ordens emanadas pelos policiais, tentando evadir-se para o interior da residência, em seguida foi verbalizado por diversas vezes com o mesmo, no intuito de realizar a abordagem e poder assim realizar a busca pessoal neste, o qual não acatou as ordens dos policiais, sendo em seguida necessário uso de força e técnicas para imobiliza-lo. A mãe da solicitante informou a equipe que o mesmo chegou agressivo em sua residência e que após uma discussão veio a agredi-la com tapas e socos na região da cabeça, empurrando-a em direção a parede, ferindo-a na região dorsal.

 

Agressão infantil

Em relato a mãe contou aos policiais que a filha do casal, pegou o celular e foi até o quarto da residência, onde em contato com o 190, com o intuito de pedir socorro, seu pai teria tomado o celular da mesma e desferiu um tapa em sua cabeça, em seguida iniciou-se novamente as agressões, momento este em que a filha do casal saiu correndo da residência com o intuito de pedir socorro aos vizinhos, quando no interior da casa do vizinho, seu pai, mediante uso de força, a pegou e desferindo tapas na região do rosto a levou até o interior da residência, deixando-a trancada para assim não conseguir pedir socorro a ninguém.

Na presença da equipe policial, o autor fez ameaças a sua convivente, dizendo que iria matá-la quando saísse da cadeia. A vítima ficou com lesões aparentes na região dorsal, com marcas de mãos na região do pescoço e com hematomas no braço direito. Após a prisão ao autor foi encaminhado até a delegacia de Polícia Civil (14ª SDP), para os procedimentos cabíveis, sendo necessário o uso de algemas devido o autor encontrar-se agressivo. No interior da 14ª SDP, o autor passou a fazer ameaças contra um dos policiais que efetuou sua prisão. O mesmo bairro foi palco de outra ocorrência policial com Mãe e filhos. No bairro Morro Alto, um rapaz não aceitando a separação vinha rodando a casa de sua amásia, onde dias antes teria praticado algumas agressões contra sua família, entre eles, uma criança com necessidades especiais. No bairro Primavera um conflito entre familiares deixou algumas pessoas feridas, vítimas de arma branca.

 

Amanda Macedo Ribeiro é a nova delegada da mulher de Guarapuava

Botão de pânico

Os autos índices de violência doméstica preocupa diversos setores da sociedade organizada. O município deverá ser 1º do Paraná a receber botões de pânico que vão auxiliar mulheres em situação de violência. A deputada estadual, Cristina Silvestri disse que alguns órgãos de Guarapuava estão engajados na proteção de mulheres em situação de violência estão realizando reuniões de alinhamento para execução da lei do Botão do Pânico, de sua autoria. Os resultados obtidos com mulheres do município, que será o primeiro do Paraná a receber os aparelhos e servirão de modelo para implantação de mais botões no restante do Estado. Após implantado os aparelhos terão monitoramento da vítima e do agressor, logística de atendimento da PM e suporte às mulheres que eventualmente acionarem os botões. Outra ação para conter a violência é a implantação da Delegacia da Mulher, tendo Amanda Ribeiro, como delegada.