Furto de óculos realizado por padre gera revolta nas redes sociais

Um fato ocorrido no dia 07 de janeiro deste ano, em uma loja do Shopping Cidade dos Lagos, em Guarapuava veio à tona neste final de semana, quando imagens de câmera de monitoramento mostraram o momento em que um homem acompanhado de uma jovem, adentrou numa loja e subtraiu uma peça (óculos), de forma discreta do expositor.

Após dar falta do objeto as atendentes da loja foram verificar nas imagens, ficando constatado o furto, com isso foi acionado a segurança do shopping que orientou as mesmas a fazerem o Boletim de Ocorrência.

Um dos seguranças teria reconhecido o autor do furto através das imagens, como sendo o padre Vinicios Araújo, da Paróquia Divino Espírito no bairro Vila Bela em Guarapuava. Ao adentrar na loja eu pensei que homem era o pai da menina. Ao ver as imagens eu fiquei em choque sem saber o que fazer. Na delegacia ele teria dito que ficou com vontade de furtar e numa ação inesperada praticou o ato, disse a pessoa responsável pela loja. Após saber que teria sido denunciado, padre Vinicios compareceu na delegacia e fez a devolução do objeto furtado da loja.

 

 

Diocese de Guarapuava repudia atitude de padre que confessou furto

 

 

 

 

Em nota encaminhada para central de jornalismo do Jornal Extra Guarapuava, a diocese de Guarapuava salienta que está colaborando com todas as investigações e repudia, veementemente a atitude do religioso que deveria ser exemplar perante a sociedades e os fiéis que professam a fé católica.

A Mitra Diocesana de Guarapuava, confirma a notícia de furto de óculos de sol em uma loja do Shopping da cidade, envolvendo o padre Vinicios Araújo, pároco da paróquia Divino Espírito Santo, bairro Vila Bela. O furto ocorreu no dia 07 de janeiro, uma segunda-feira de manhã (pelas nove horas), segundo informações da atendente da loja e conforme vídeos que confirmam o delito cometido pelo religioso.

Vinicios Araújo, é padre da Congregação dos Sagrados Estigmas do Nosso Senhor Jesus Cristo – Estigmatinos (CSS) e, até então, atuava como pároco da paróquia Divino Espírito Santo, no bairro Vila Bela, em Guarapuava. Padre Vinícios Araújo tomou posse como pároco no dia 10 de fevereiro de 2017.

Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, saiu de férias logo depois do Natal. Ele se encontra em Minas Gerais, na casa de seus parentes. Com a ausência do bispo, quem assume os trabalhos na diocese e passa a responder pela mesma, é o vigário-geral. Em Guarapuava, esta função é atribuída ao padre José Amarildo Novacoski, desde o dia 27 de abril de 2018. Padre Amarildo também é reitor do Seminário Menor Nossa Senhora de Belém.

Quando soube do episódio envolvendo padre Vinicios, padre Amarildo entrou em contato com Dom Wagner (que está de férias) e, a partir da conversa que teve com o mesmo, reuniu-se com padre Vinicios e o afastou de suas funções até que o caso seja investigado, esclarecido e resolvido. Com o afastamento do pároco, quem está à frente das funções na paróquia, é o padre Horácio Miguel Sampaio (CSS).

A diocese de Guarapuava salienta que está colaborando com todas as investigações e repudia, veementemente a atitude do religioso que deveria ser exemplar perante a sociedades e os fiéis que professam a fé católica, bem como a todos os cristãos. No entanto, a instituição religiosa também reforça que como seres humanos, somos falhos e, por isso, passíveis de atitudes que não condigam com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. A diocese de Guarapuava e a congregação à qual o religioso pertence, se reunirão nos próximos dias para discutir e elucidar a situação.

 

 

 

 

Padres diocesano já se envolveram em outros escândalos

O fato ocorrido com o padre Vinicios Araújo, não é o primeiro caso envolvendo padres da Diocese de Guarapuava em escândalos, envolvendo atos ilícitos. Em 2018 a juíza Paola Gonçalves seguiu a manifestação jurídica do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e condenou o padre Sércio Catafesta e mais três réus por furto qualificado de desvio de dinheiro da Mitra Diocesasa em Guarapuava.

O religioso foi condenado há 10 anos e dois meses de prisão em regime fechado. Os demais envolvidos tiveram penas que a variam de dois anos e quatro meses a três anos e quatro meses em regime aberto. A condenação é em 1ª Instância, dando o direito ao Padre Sércio recorrer no Tribunal de Justiça do Paraná em liberdade. A magistrada também aplicou multas que totalizam R$ 66,2 mil. Nas denúncias fiéis disseram que Padre Sércio tinha uma vida regada de luxo e viagens ao exterior. Que teria levantado as suspeitas de desvios de verbas da igreja Católica de Guarapuava.

 

Entenda o caso

Padre Sércio e mais três pessoas haviam sido acusados por pessoas ligadas a igreja de estar praticando desvios de recursos com a utilização de notas frias, na realização de obras de ampliação na Casa de Líderes, no bairro Santana. Na Operação Sacrilégio, O MP-PR denunciou o padre, por apresentar notas frias e superfaturadas na prestação de contas. As notas seriam de R$ 46,9 mil de serviços elétricos e hidráulicos, mais R$ 16,2 mil da contratação de um mestre de obra.