É daqui uma das maiores áreas de proteção ambiental

Quando falamos em meio ambiente a primeira coisa que nos vem a cabeça, neste momento, é o desastre em Mariana (MG). A lama que rompeu a barragem é frequentemente comparada à dita sujeira da fiscalização de cumprimento às leis ambientais. Esse tema -a proteção ambiental – é trazido à tona de tempos em tempos, e foi pauta do segundo Encontro Paranaense das APAS Estaduais. APAS são as Áreas de Proteção Ambiental. Existem três no Paraná e uma delas fica aqui, em Guarapuava.

A Serra da Esperança, conhecida pelo morro do chapéu, é protegida por legislação que prevê o uso sustentável de suas terras

A Serra da Esperança é uma rica em tudo de melhor que a natureza tem a oferecer. São deslumbrantes paredões rochosos, dezenas de cachoeiras, cavernas, cânions, e muito mais, divididos entre os municípios de Guarapuava, Prudentópolis, Inácio Martins, Cruz Machado, União da Vitória, Mallet, Rio Azul, Paula Freitas, Paulo Frontin e Irati. São 206.555,82 hectares protegidos desde 1992, com a criação da Lei Estadual nº 9.905. Pelo fato de ser uma APA, a região está cercada por uma legislação que prevê que seus recursos sejam utilizados de forma sustentável. Sendo assim não é permitido o desmatamento ou uso desenfreado de seus recursos.

Gestão

Um conselho gestor, composto por 80 pessoas, garante que a área mantenha-se protegida – metade de iniciativa pública e metade iniciativa privada. Tanto que nos últimos dias 25 e 26 foi realizado o II Encontro Paranaense dos APAS Estaduais, reunindo todos os conselheiros para fazer uma avaliação das APAS.

Um dos pontos discutidos foi o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ecológico, que prevê que uma porcentagem do que é pago com esse importo retorne para o município, para ser investido exclusivamente na preservação ambiental (áreas florestais e preservação de rios).  Segundo o secretário de    Meio Ambiente, Celso Alves de Araújo, dezenas de quesitos definem quanto o município recebe para aplicação deste recurso, e Guarapuava preenche 95% deles. O que falta é a implantação de pontos para captação de resíduos sólidos, inclusive na APA, e o secretário garante que isso já está sendo providenciado.