Unicentro produz escudos faciais para IML do Paraná

Produzidas pelo Mutirão Tec do Bem, 100 face shields já foram entregues à Polícia Científica

Em Guarapuava, os escudos faciais estão sendo produzidos, há dez dias, pelo Mutirão TEC do Bem, do qual a Unicentro faz parte.

A iniciativa, segundo o diretor da Central de Relações Institucionais, Inovação, Empreendedorismo e Empregabilidade da Unicentro (Crie), Marcio Fernandes, chamou a atenção do Instituto de Medicina Legal (IML), vinculado à Polícia Científica do Paraná.

“A Polícia Científica do Paraná, ao qual o IML é vinculado, ficou sabendo desse mutirão em Guarapuava e realizou uma sondagem, se seria possível esse mutirão fornecer 200 escudos faciais para que pudessem ser distribuídos para o as 18 unidades do IML no Estado. Nós fizemos uma consulta ao grupo que entendeu a dimensão do pedido e realizou o atendimento”, destacou.

Universidades estaduais doam materiais de proteção à Defesa Civil 

 

São máscaras do modelo Face Shield, produzidas pela UEL, UEM, UEPG, Unioeste. Além de álcool glicerina e em gel. 

Os escudos faciais serão utilizados pelos profissionais do Instituto Médico Legal durante a realização dos exames de necropsia. 

A Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior entregou nesta segunda-feira (13) à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil materiais de proteção produzidos pelas universidades estaduais do Paraná.

A Defesa Civil distribuirá os materiais a órgãos que necessitam dos equipamentos. As máscaras e os dois tipos de álcool foram produzidos pelos Núcleos de Inovação Tecnológica das Universidades Estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), Centro-Oeste (Unicentro), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Norte do Paraná (UENP).

As máscaras, produzidas em impressoras 3D, funcionam como uma barreira física para que os profissionais da saúde e da segurança não sejam contaminados pela fala, tosse ou espirro das pessoas que estão infectadas.

As instituições contam, atualmente com cerca de 100 impressoras que possuem uma capacidade de produção de 686 máscaras por dia.

“As universidades têm produzido e distribuído as Face Shields em suas regiões de acordo com demandas dos hospitais públicos e privados. A entrega à Defesa Civil contribui com os esforços do Governo para atender as necessidades dos órgãos de maneira igual”, destacou o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.

Para o coordenador da Defesa Civil, é importante  envolver todos os setores da sociedade no combate ao coronavírus, inclusive as universidades e sua atuação no desenvolvimento tecnológico.

“Essa ação integrada permite que possamos ter os produtos de proteção chegando aos profissionais que mais precisam para atender à sociedade, dando maior segurança aos que estão na linha de frente”, reforçou o tenente-coronel Fernando Shunig. 

Apoio Técnico – O coordenador da Defesa Civil mostrou também o trabalho do órgão de acompanhamento da doença no Estado, que possibilita uma visualização rápida dos locais mais afetados e das curvas de desenvolvimento epidemiológico.

Esses dados são repassados também à Secretaria de Estado da Saúde para auxiliar nas decisões críticas que precisam ser tomadas para diminuir a progressão da doença. 

Ações Pelo Estado – Os coordenadores do projeto “Protetor Facial” da UEPG desenvolveram um novo modelo com aproveitamento da estrutura de capacetes de segurança.

A nova proposta de suporte para a viseira permitirá aumentar a produção nos próximos dias. A iniciativa  faz parte da campanha “UEPG contra o Coronavírus”.

“Pretendemos utilizar a carneira de capacete de segurança, que possui baixo custo e é encontrada em larga escala no mercado”, explicou Maurício Zadra Pacheco, professor da UEPG e um dos coordenadores do projeto. O objetivo é otimizar o projeto e garantir uma peça de qualidade, com redução do tempo de produção.

Parcerias – A Unioeste está utilizando as impressoras 3D construídas em parceria pelo curso de Ciência da Computação e o Parque Tecnológico de Itaipu, para a produção de equipamentos de proteção individual para profissionais da saúde.

“A iniciativa coletiva pretende atender a demanda de Foz do Iguaçu e região tendo cooperado com Hospital Municipal e o Hospital Costa Cavalcanti para fornecer os equipamentos”, explicou o professor de Ciência da Computação e um dos coordenadores do projeto da impressora 3D, Claudio Roberto Marquetto Mauricio.

Em Cascavel, o NIT, que também possui uma impressora 3D, está avaliando modelos para produção das máscaras para o HUOP.

Na UEL um grupo de residentes e professores do curso de Fisioterapia, em parceria com empresários e voluntários, se uniram para produzir os equipamentos de proteção para os profissionais do Hospital Universitário de Londrina.  

A cidade de Londrina também conta com uma rede com 26 impressoras capaz de produzir 150 máscaras de proteção por dia.

Na cidade de Maringá estudantes e professores da UEM se uniram em uma rede de colaboração que totalizou 29 impressoras 3D. As máquinas possuem capacidade de produzir 150 máscaras por dia que serão distribuídos em hospitais públicos e privados da região.

Entre as medidas de enfrentamento ao coronavírus que foram adotadas pelas universidades estaduais está o aumento da produção de álcool em gel nos laboratórios e em farmácias escolas.

Norte do Paraná – A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) de Cornélio Procópio iniciaram em março a produção de protetores faciais, para atender uma demanda da 18ª e 19ª Regionais de Saúde, no Norte do Estado.

Por meio da parceria, serão produzidos cerca de 1050 protetores para profissionais da área de saúde da região, para que possam atuar na triagem de pessoas com suspeita de contaminação e nos cuidados e tratamento de pacientes com o novo coronavírus.

O protetor desenvolvido pela UENP foi criado pela Universidade Federal de Goiás (UFG). O pró-reitor de Planejamento e Avaliação Institucional, Bruno Galindo, explica que o modelo irá otimizar o tempo de produção e material gasto.

“O tempo de produção será de 45 minutos por unidade. Serão gastos cerca de 15 gramas de material para cada suporte”, comentou.