Programa de regularização de casas garante reconhecimento a 16 mil famílias paranaenses

Investimentos feitos pelo Governo do Estado valorizam o patrimônio das famílias, aumentam a arrecadação dos municípios e facilitam a chegada de outros serviços públicos à população

Previsto na Constituição Federal como um direito básico, o acesso à moradia não se limita à construção de novos imóveis, mas também prevê o reconhecimento legal do poder público daqueles que vivem em condições irregulares ou sem registro. Para atender estas pessoas, o Governo do Paraná tem ampliado os investimentos em regularização fundiária desde 2019, o que deve culminar na entrega de 16 mil títulos de propriedade até o fim de 2022, dos quais cerca de 3 mil já foram entregues a famílias carentes.

Os projetos abrangem ações voltadas especialmente para a população de menor renda de 48 municípios paranaenses que aderiram à primeira fase do programa, chamado de Morar Legal Paraná, sob a coordenação da Cohapar. Através dele, a companhia contrata empresas especializadas em serviços técnicos e documentais relacionados à regularização fundiária via licitação pelo critério de menor preço e em lote, o que reduz consideravelmente os custos do serviço comparados a uma contratação particular.

Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, a regularização fundiária é uma ação que promove a cidadania à população atendida. “São pessoas que moravam há décadas no seu pedaço de terra e não tinham a escritura de propriedade, o que fazia com que o direito delas não fosse reconhecido”, afirma “Com este programa, 16 mil famílias estão sendo contempladas, o que faz desta a maior entrega de títulos da história do Paraná”.

O valor médio por imóvel regularizado no programa é de aproximadamente R$ 834 e é totalmente custeado com recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Ao todo, o Governo do Estado já investiu R$ 13,6 milhões na iniciativa, que também conta com o apoio das prefeituras a partir da indicação das áreas prioritárias de regularização nos municípios.

De acordo com o presidente da Cohapar, Jorge Lange, o programa foi elaborado para atender uma demanda crescente da população paranaense. “O déficit habitacional é composto pela falta de moradias, chamado de quantitativo, mas também por imóveis sem registro, chamado de qualitativo, e o Governo do Estado tem atuado em ambas as áreas”, explicou.

“Estes projetos regularizam a situação e permitem a entrega da documentação gratuitamente a pessoas que moram há 40, 50 anos em casas sem registro, que passam então a ser reconhecidas como proprietárias e ter um patrimônio que é uma garantia para a família e pode ser deixado para os filhos”, finalizou.

Aprimoramento – As administrações municipais deverão assumir um papel de ainda maior protagonismo a partir da segunda etapa do programa, batizada de Escritura na Mão. A modalidade vai suceder o Morar Legal Paraná, com uma participação mais efetiva dos municípios nas primeiras fases do processo, especialmente na mobilização social e cadastramento das famílias interessadas, o que acontecerá antes do processo licitatório e reduzirá a necessidade de revisões contratuais.

Em 2021, a Cohapar concluiu a formatação dos novos projetos e enviou ofício a todas as prefeituras paranaenses para que formalizem a adesão à parceria com a apresentação de áreas passíveis de regularização. Até o momento, 45 municípios já responderam o contato manifestando interesse em aderir à nova fase da iniciativa.