Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, 121 acidentes envolvendo postes foram registrados na área de concessão da Energisa Sul-Sudeste. Destes, 17 aconteceram em Guarapuava. Os números preocupam principalmente porque representam quase o triplo dos acidentes registrados no município no mesmo período de 2021.
Além dos riscos de choque elétrico e fatalidade para condutores, passageiros e até pedestres, a maioria dessas ocorrências prejudicou consumidores que, sem saber do problema, tiveram a energia elétrica interrompida temporariamente devido aos danos que as batidas causaram à rede elétrica.
No mês em que o Movimento Maio Amarelo ascende as discussões sobre os acidentes de trânsito no mundo todo, a Energisa Sul-Sudeste reforça o alerta para os perigos dessas colisões e orienta a comunidade sobre os procedimentos a serem adotados em caso de acidentes envolvendo postes.

Luiz Moreto Vicentin Junior, gerente do Departamento de Projetos, Construção e Manutenção da Energisa Sul-Sudeste, expõe que os 17 acidentes com postes contabilizados entre janeiro e abril deste ano em Guarapuava deixaram 11.016 unidades consumidoras sem energia elétrica.
“Houve situações em que uma colisão causou danos a mais de um poste, rompeu cabos e comprometeu o funcionamento da rede elétrica. E, ainda que o impacto da batida não interrompa o fornecimento da energia imediatamente, muitas vezes precisamos realizar um desligamento emergencial para substituir os postes e executar os reparos nas demais estruturas. Essa é uma atividade de maior complexidade, portanto leva um tempo adicional para ser executada com segurança”, explicou Moreto.
Para minimizar o impacto desses desligamentos coletivos, a rede de distribuição da Energisa conta com uma tecnologia que permite realizar manobras no sistema elétrico de maneira remota, a fim de agilizar o restabelecimento da energia para o maior bloco de clientes possível, enquanto as equipes se dirigem para os trabalhos no local do acidente.
Paralelamente, a distribuidora tem investido na instalação de equipamentos de proteção nos postes, semelhantes aos utilizados nas pistas de corridas automobilísticas. Feitas com borracha e areia, essas estruturas são instaladas em pontos estratégicos e de grande movimentação, e ajudam a diminuir o impacto da batida e garantir a segurança do condutor e do poste atingido.
“Porém, o que nos preocupa não são apenas os danos e reposição dos postes, mas também a segurança das pessoas que se envolvem nesses acidentes ou que estejam passando pelo local”, reforçou Moreto.
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Isso porque, além das graves consequências para os ocupantes dos veículos na hora da batida, outras pessoas correm o risco de sofrer um choque elétrico, até fatal, ao ter contato com cabos energizados caídos no chão ou sobre o veículo.
“Então é imprescindível que os ocupantes do veículo permaneçam dentro dele, sem tocar nas partes metálicas, aguardando a chegada de uma equipe especializada da distribuidora, que irá realizar os procedimentos com a máxima segurança.
E, quem se deparar com um acidente, precisa manter a distância e entrar em contato com a Energisa e com o Corpo de Bombeiros”, complementou Juliana Volpi Favaretto, coordenadora de Saúde e Segurança da Energisa Sul-Sudeste.