Deputados pregam união da sociedade civil para buscar uma modelagem de pedágio justa

Cobranças ocorreram durante a reunião da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, que debateu a nova modelagem para a região de Campo Mourão

Os deputados estaduais paranaenses frisaram, durante a reunião da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, realizada nessa quinta-feira (22), de modo remoto, para discutir a região de Campo Mourão, a importância da união da sociedade civil para buscar uma modelagem de pedágio mais justa.

De acordo com os parlamentares que participaram do encontro, a organização da sociedade pode mudar a proposta do governo federal para a renovação da modelagem de concessão de rodovias. O encontro reuniu a classe política, sociedade civil e setor produtivo de Campo Mourão e do Estado. Os deputados frisaram ainda que o modelo híbrido de concessão onerosa pode ser extremamente prejudicial.

Para o representante do município, deputado Douglas Fabrício (CDN), a união é importante para que os erros do passado não sejam repetidos. “Esta é uma Frente ativa que representa os 54 deputados. Poucas vezes vi essa unidade. Já debatemos muito esse tema na Assembleia para conter a sangria que é o pedágio. A imagem do passado não é boa. Temos de corrigir isso para o futuro. Precisamos do apoio de toda a população e do setor produtivo para cobrar o governo federal. A nossa região muitas vezes foi esquecida nesse tema”, informou

Também representante de municípios da região, o deputado Anibelli Neto (MDB) reforçou a necessidade de engajamento. “A Frente Parlamentar está fazendo história. É um prazer participar deste grupo que já conseguiu muitas vitórias, como o apoio de setores do governo do Estado e de deputados federais. Se a sociedade civil não estivesse organizada, não teríamos estas conquistas. Temos de nos manifestar. Na pressão as coisas acontecem. Não queremos este modelo”, afirmou.

O deputado Evandro Araújo (PSC) lembrou que o modelo precisa ser um indutor de desenvolvimento, não de atraso. “Temos uma preocupação com o tema. Precisamos ser incisivos no debate e mostrar os horrores, prejuízo e vidas perdidas com o atual modelo para que o mal não se repita. Temos de deixar o tema sempre vivo. Vamos pregar até o fim a necessidade da menor tarifa. Uma praça de pedágio não pode ser uma barreira e sim um instrumento de desenvolvimento”, frisou.

O deputado Subtenente Everton (PSL) concordou. “Um pedágio que tem um preço custando R$ 26,40 não é uma tarifa e sim um roubo. Fomos por muito tempo enganados por aqueles que só querem ganhar dinheiro. O trabalho da Frente serve para termos um espaço democrático para a população ser ouvida”, disse.

Este ambiente de discussão que se tornou a Frente pode mudar os rumos da proposta na avaliação do deputado Professor Lemos (PT). “A Frente Parlamentar tem oportunizado a população de dar sua opinião e fazer suas críticas, oferecendo as soluções para esse problema. O pedágio é um roubo legalizado, com empresas que superfaturam os valores. Isso passou dos limites. Temos de colocar no edital de licitação aquilo que interessa ao povo do Paraná. Se delegarmos nossas rodovias estaduais para o governo federal, perdemos o controle”, disse Lemos.