Principal estrela do basquete universitário anuncia sua entrada no Draft; conheça Cooper Flagg e outros futuros craques

Com o término de mais uma temporada regular da NBA e o início dos playoffs, os olhos dos times que não se classificaram ao mata-mata da maior liga de basquete do mundo se voltam para o futuro: mais especificamente, para o Draft de 2025 — evento que promete trazer uma safra altamente qualificada de jovens talentos, principalmente em comparação com a classe mais “modesta” de 2024.

Indo além, a expectativa que já era grande para a loteria do Draft (sorteio que definirá a ordem oficial de escolhas das equipes) marcada para 12 de maio ficou ainda maior com a confirmação de que Cooper Flagg, ala destaque na universidade de Duke com apenas 18 anos, estará entre os novatos a serem escolhidos.

Com tanta coisa em jogo, é importante que você saiba mais não somente de Flagg, mas também de outros nomes muito promissores que vêm por aí enquanto entende melhor como funciona o sistema de escolhas que pode mudar o destino das equipes na NBA.

Como funciona o Draft na NBA?

O draft da NBA, assim como dos demais esportes americanos, é feito pensando equilibrar a competição gradativamente ao dar às equipes que não apresentam um bom momento a chance de recrutarem os jogadores com maior potencial daquele ano. Assim, é possível dizer que quanto pior o desempenho do time na temporada, maior a chance da franquia de ter uma das primeiras escolhas.

Falamos de “chance” na NBA porque, ao contrário da NFL — liga de futebol americano que entrega diretamente as melhores escolhas às piores campanhas do ano — as equipes do basquete americano precisam passar pela loteria do draft para terem as suas posições definidas, já que os retrospectos ruins rendem somente maiores percentuais de obterem a tão sonhada 1ª escolha.

Essa medida, aliás, foi tomada para evitar que os piores times percam de propósito para tentar garantir escolhas mais altas, diminuindo o nível de competitividade da liga, interesse dos fãs e mesmo atrapalhando o desenvolvimento de jovens jogadores.

Veja as chances de cada time

Nesse contexto, ao invés do menor percentual ir diretamente para a equipe com mais derrotas, as 3 piores campanhas da temporada possuem os mesmos 14%, concentrando 42% de chance de obterem a primeira escolha e dividindo o restante entre as outras 11 franquias na loteria — da 15ª escolha em diante e durante todo o segundo round, a ordem é definida diretamente pelo retrospecto.

Assim ficaram os percentuais de cada equipe para o sorteio que será realizado no dia 12 de maio:

Utah Jazz 14.0%
Washington Wizards 14.0%
Charlotte Hornets 14.0%
New Orleans Pelicans 12.5%
Philadelphia 76ers* 10.5%
Brooklyn Nets 9.0%
Toronto Raptors 7.5%
San Antonio Spurs 6.0%
Phoenix Suns (trocada para o Houston Rockets) 3.8%
Portland Trail-Blazers 3.7%
Dallas Mavericks 1.8%
Chicago Bulls 1.7%
Sacramento Kings* 0.8%
Atlanta Hawks (trocada para o San Antonio Spurs) 0.7%

*As escolhas podem ir para o Oklahoma City Thunder e para o Atlanta Hawks, respectivamente, por conta de proteções colocadas nas escolhas envolvidas em negociações.

“Copa Cooper Flagg” se justifica pelo enorme potencial do jogador

Mesmo com todas esses detalhes e chances da loteria agraciar outra franquia, a chance de contar com o talento de Cooper Flagg no presente e, principalmente, para um futuro próximo fez com que muitas equipes “tirassem o pé” na temporada regular — o que fãs apelidaram de “Copa Cooper Flagg” — só para aumentar as chances de garantir o ala de 2,06 metros na primeira escolha.

Tamanha atenção se deve, inicialmente, ao fato dele ter entrado na temporada de basquete universitário como segundo jogador mais jovem de todo o EUA, jogando metade da temporada como titular com 17 anos. Ainda assim, Flagg liderou o forte time de Duke ao Final Four (semi-finais nacionais) e faturou o Wooden Awards, prêmio dado ao melhor jogador do College na temporada — feito que só Anthony Davis e Kevin Durant também conseguiram como calouros.

No fim das contas, Cooper teve médias de 19,2 pontos, 7,5 rebotes, 4,2 assistências, 1,4 roubos de bola e 1,4 bloqueios em sua única temporada no basquete universitário, tornando-se o primeiro novato na história a liderar seu time em todas as principais categorias estatísticas do esporte.

Seu jogo é completo, acompanhando as tendências que o basquete moderno exige para jogadores de seu perfil e posição. No ataque, é capaz de pontuar próximo à cesta, de meia distância ou da linha dos 3 pontos com facilidade, apresentando ainda visão de jogo e controle de bola acima da média para um jogador tão jovem e tão alto. Na defesa, Flagg é um reboteiro nato e excelente defensor, sendo capaz de marcar diversas posições no perímetro ou no garrafão.

Os pontos de melhora notados por especialistas para o jogo do promissor atleta estão, justamente, relacionados à sua pouca idade. Para confirmar tamanha expectativa, é importante que Cooper Flagg se torne mais experiente e consistente — diminuindo os números de arremessos errados e perdas de posse de bola — além de precisar ganhar mais massa muscular: aspectos perfeitamente comuns e alcançáveis.

Outros nomes de destaque disponíveis no Draft da NBA em 2025

Vale destacar que, apesar de Cooper Flagg ser o franco favorito para a primeira escolha, a classe de calouros de 2025 está recheada de talentos para as franquias investirem suas escolhas e fazerem suas apostas na NBA. Tanto que mesmo as equipes que não ficarem com a primeira escolha geral poderão contar com jovens de amplo potencial e, quem sabe, capacidade de causar impacto positivo imediato.

Tanto que, assim como Flagg na 1ª escolha, o combo guard (armador capaz de jogar também de ala-armador) Dylan Harper é um consenso na segunda escolha. Seu bom porte para um armador complementa bem o jogo ofensivo maduro tanto como pontuador quanto atuando como o principal organizador do time.

Indo além, nomes como o atlético VJ Edgecomb e o pontuador nato Ace Bailey, ambos alas, também são bem cotados para saírem entre as 5 primeiras escolhas. Para o garrafão, o sul-sudanês Khamam Maluach — pivô de 2,18 metros que jogou com Cooper Flagg em Duke — aparece como melhor prospecto da classe para proteger o aro. Derrik Queen e seu vasto repertório jogando no post baixo e o incansável Collin Murray-Boyles acompanham o talento africano como opções de pivôs e ala pivôs para o futuro.

Veja, a seguir, as projeções das escolhas que serão feitas no dia 25 de junho antes da loteria do Draft definir a ordem oficial:

Projeção do top 10 no Draft 2025 da NBA

  1. Utah Jazz – Cooper Flagg (ala/ala-pivô);
  2. Washington Wizard – Dylan Harper (armador/ala armador);
  3. Charlotte Hornets – VJ Edgecomb, (ala/ala-armador);
  4. New Orleans Pelicans – Ace Bailey (ala);
  5. Philadelphia 76ers – Tre Johnson (ala-armador);
  6. Brooklyn Nets – Nolan Traore (armador);
  7. Toronto Raptors – Khamam Maluach (pivô);
  8. San Antonio Spurs – Kon Knueppel (ala);
  9. Houston Rockets – Derrik Queen (pivô);
  10. Portland Trail-Bçazers – Collin Murray-Boyles (ala-pivô).
Deixe um comentário