O que é que a Finlândia tem?

Belezas naturais e arquitetônicas, vida saudável e educação de qualidade: não é a toa que a Finlândia foi eleita a melhor nação para se viver e a sexta mais feliz do mundo.

 

Terra dos Vikings, de museus, de gastronomia e muita simpatia, ao Norte da Europa a Escandinávia é formada por alguns dos países mais desenvolvidos do mundo. Na nossa primeira reportagem da série Pelo Mundo, conhecemos um pouquinho da Dinamarca, sob os olhos da estudante de publicidade, Júlia de Moura. Mas, além deste país, a região abriga outras belas nações, como a Noruega, a Suécia e a Islândia.

Para completar a lista, outra pátria, com cerca de 338 mil km² está na lista dos preferidos de quem gosta de baixas temperaturas. A Finlândia, repleta de belezas naturais e conhecida pelo frio que permanece durante quase o ano todo, é o 5° país apresentado na nossa reportagens com guarapuavanos que se aventuram entre fronteiras. Apresentamos, com todo prazer, um pouquinho da Finlândia, aos olhos da guarapuavana Jade Santini.

Receptividade

Desde criança, Jade Santini, hoje com 18 anos, estuda inglês. E claro, depois de tanta dedicação, o esforço foi recompensado. Em agosto de 2015, por meio de um intercâmbio do Rotary, a estudante arrumou as malas de embarcou para Helsinki, capital da Finlândia, onde vive atualmente. Durante os quase 10 meses longe, ela já visitou dez países.

De acordo com Jade, a adaptação não foi difícil, uma vez que a receptividade dos nativos é amigável. Além disso, por meio da colaboração dos finlandeses, a estudante aprendeu rapidamente o idioma da nação. “Eles foram muito hospitaleiros e ajudaram a acostumar com o país. Ainda aprendi a falar Finlandês e aprimorei meu inglês”, contou ela.

Turismo

E não apenas a educação encantou a guarapuavana. As belezas do países, com as inúmeras paisagens variadas, desde casas coloridas, montanhas e os grandes fenômenos naturais, como o Sol da Meia Noite e a Aurora Boreal chamaram a atenção. Ela destaca também a força do turismo de Helsinki, onde vive.

“Helsinki é uma cidade turística e recebe pessoas de vários lugares. Aqui na cidade tem uma igreja branca que é chamada de Tuomiokirkko, e é sem dúvidas meu lugar preferido por ser tão linda”, elucidou.

De fato, a capital Helsinque, que está concentrada no litoral sul do país, onde as temperaturas são menos rigorosas é uma cidade moderna que também conserva edifícios antigos. Além disso, os finlandeses são, juntamente com os noruegueses, os melhores esquiadores do mundo e a estudante aproveitou a deixa para aprender o esporte.

Sem carros

No ano passado, os finlandeses lançaram uma meta de, até 2025, eliminar o uso de carros privados. O projeto está bastante adiantado, já que a Finlândia tem um sistema de transporte público de ônibus e bondes amplo, além de muitas ciclovias. Além disso, diferente do Brasil, no país os automóveis não são um símbolo de status e, assim, todos preferem andar de ônibus.

Jade confirmou essa premissa. “O transporte público é o que a maioria das pessoas usam aqui, por ser muito bom e de fácil acesso a todos”, esclareceu.

Culinária

Neste país, delícias gastronômicas aliada a hábitos saudáveis andam de mãos dadas. Os finlandeses, e em particular jovens adultos, estão conscientes da importância de uma vida saudável.

Assim, o peixe e a carne têm um papel proeminente nos pratos tradicionais finlandeses da parte ocidental do país, enquanto os pratos da parte oriental tradicionalmente incluem vários vegetais e cogumelos.

A brasileira aprovou. “A culinária é bem simples e muito saudável. Me acostumei com a comida e gosto bastante, mesmo sendo diferente da brasileira. Uma comida típica daqui é o Karialan Piirakka, que é uma massa de pão com arroz em cima”, explicou.

Curiosidades

Há milhares de quilômetro do Brasil, com certeza os costumes finlandeses são muito diferentes dos nossos. De acordo com Jade, os que mais chamaram a atenção foi que os nativos não usam calçado ou jaqueta dentro de casa e vão muito a sauna. Outro fato muito diferente da realidade brasileira é que, diverso daqui, a religião predominante do país é a Luterana.

Ainda de acordo com Jade, o país é extremamente seguro e o custo de vida é alto. “Tudo é muito caro, mas compensa. A educação é totalmente de graça, todos tem total acesso a tratamentos de saúde de graça e os salários também não são baixos”, contou.

Além disso, os finlandeses não têm tabus ou preconceitos em relação a qualquer tema. “Aqui é um país muito avançado sobre. Tanto que foi o primeiro país a permitir que mulheres pudessem votar e até hoje continua muito à frente sobre esses assuntos” afirmou.

E claro, tantos pontos positivos resultaram em uma excelente impressão do país. “Não tem nada que eu não gostei aqui. O que foi diferente para mim é o fato de eles serem pessoas muito tímidas, mas não chegou a ser um problema”, descreveu.

Saudade

Claro, tanto tempo longe a deixou com muitas saudades da família que ficou no Brasil. Porém, a distância termina em agosto, quando Jade retorna a Guarapuava. De acordo com a estudante, a maior saudade da Finlândia serão as amizades que firmou durante o intercâmbio. “Vou sentir falta das pessoas que conheci aqui e que me ajudaram com tudo, além da organização do país, como a segurança de andar nas ruas e o acesso fácil aos meios de transporte”, disse.

Para Finalizar, ela comentou o maior legado de visitar outro país. “A experiência de conhecer uma vida totalmente diferente da que eu tinha no Brasil é indescritível. Com certeza voltaria para cá. Aqui aprendi mais sobre várias outras culturas, e vi que uma das coisas mais importantes que existe é viajar para aprender mais sobre a vida”, conclui.