Dados preliminares do relatório de assassinatos entre a população LGBT no Brasil, feito anualmente pelo Grupo Gay da Bahia, mostram que 340 pessoas foram mortas por “LGBTfobia” em 2016. São 11 mortes a mais do que no ano anterior. Um assassinato a cada 28 horas.
A maior parte das mortes ocorreu em via pública por tiros, facadas, asfixia, espancamento e outras causas violentas.
Para a coordenadora do Programa Transcidadania, Symmy Larrat, além do machismo e conservadorismo, a impunidade dos crimes contribui para o aumento da violência. Segundo Symmy, também falta tipificar o crime de LGBTfobia.
“Para o Legislativo, nós não somos cidadãos. Os poderes públicos, ainda de maneira tímida, têm tentado construir ações, mas o Legislativo é completamente omisso. As escolas se negam a fazer qualquer debate sobre gênero. A gente não tá pedindo para ensinar o que é um gay ou uma lésbica, mas ensinar o respeito.”
Pessoas que apoiam e defendem a população também são alvos de violência. Segundo Symmy, o caso do ambulante Luiz Carlos Ruas, espancado até a morte após defender uma travesti, é apenas mais um entre muitos que não são noticiados no país.
Marcelo afirma que a ação do poder público é fundamental para combater o preconceito. “Nós não temos ainda a Coordenadoria LGBT em cada prefeitura. É importante que os prefeitos que estão tomando posse neste ano se preocupem em ter uma política pública contínua para a população LGBT.”
Rede Brasil Atual