Dentro desta rede de proteção há a Casa Abrigo que recebe mulheres em iminente risco de morte caso voltem para casa, porque o agressor ou agressora está solto e oferece perigo a esta mulher. A Casa Abrigo oferece refeições diárias e uma equipe multidisciplinar para auxiliá-la a dar um novo significado à sua vida. E ela leva seus filhos junto, onde são acolhidos em escolas próximas.
A subsecretária de Políticas Para Mulheres da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, Lúcia Bessa, explica como funciona a Rede de Proteção à Mulher.
Após o atendimento, a mulher só volta para sua casa após três meses e, caso necessário, este período é prorrogado. “Em nenhum momento, essa mulher volta para sua casa, se aquela família oferecer perigo à essa mulher”. Para receber o atendimento, a mulher vítima de violência deve registrar a ocorrência e se estiver ocorrendo risco de morte, são oferecidos a ela os serviços da Casa Abrigo.
GUARAPUAVA
Em Guarapuava, a chegada da casa abrigo torna o cenário da rede de enfrentamento da violência contra a mulher completo pela primeira vez na história de Guarapuava.
O prefeito Cesar Silvestri Filho aponta que o poder público não pode se omitir perante a realidade do município em relação aos índices de violência, destacando as diversas conquistas alcançadas para mudar a situação.
A presença de políticas públicas está salvando vidas. As mulheres contam agora com ações que promovem a quebra do ciclo da violência e a emancipação financeira, auxiliando, em longo prazo, na mudança da cultura machista e patriarcal da região. Além de começar a distanciar Guarapuava do mapa da violência no Estado, ressalta.