Sem receber subsídio da prefeitura, transporte coletivo pode parar em breve

“Já acumulamos compromissos de valores a serem pagos que superam o valor de R$ 1,6 milhões”, diz diretor da Pérola do Oeste

Sem receber os repasses financeiros, empresa que opera o transporte coletivo na cidade ameça paralisar sauas atividades. De acordo com a direção da empresa, desde o final de março, a Pérola do Oeste vem protocolando pedidos de subsídio, junto à prefeitura de Guarapuava, com informações sobre o risco de colapso do sistema de transporte público na cidade, devido à necessidade de manutenção da oferta desse serviço essencial num momento de queda abrupta de passageiros em função das medidas de isolamento necessárias para conter o avanço da Covid-19.

Segundo o diretor geral da empresa, Ruy Camargo, a operação já estava acontecendo em desequilíbrio econômico, sem reajuste da tarifa. “Agora temos esse grande desafio causado pela pandemia do coronavírus que ocasionou uma queda média de 85% no número de passageiros transportados no mês de abril. Já acumulamos compromissos de valores a serem pagos que superam o valor de R$ 1,6 milhões. Nenhuma empresa consegue continuar operando com um prejuízo desse”, destacou o diretor, explicando que o faturamento atual não cobre nem mesmo as despesas de combustível e alertando sobre a iminente paralisação do sistema.

Conforme a empresa, o transporte coletivo, que é uma responsabilidade da prefeitura e prestado em Guarapuava por concessão pública pela Pérola do Oeste, continuou sendo oferecido até agora e seguindo os decretos municipais, mantido pela empresa, mesmo nessa situação emergencial em que cabe ao município, segundo ela, arcar com os recursos necessários para que a população não fique sem o serviço.

A Pérola lembra que o cenário de dificuldade não é um impasse somente em Guarapuava. Outras cidades, por exemplo, no Paraná, como o caso de Curitiba, Maringá e Cascavel, já estão movimentando alternativas de subsídio com as prefeituras para que a população não fique sem o transporte coletivo.

Resposta da Prefeitura – Em contato com a nossa reportagem, a prefeitura informou, por meio da secretaria de Comunicação, que a Administração está, nesse momento, tomando conhecimento dos pedidos protocolados pela empresa e fará a análise criteriosa dos dados e das solicitações. Informou, ainda, que a secretaria de Trânsito e Transporte (Setran) está fazendo o levantamento sobre o uso do transporte coletivo, nos últimos meses, contribuindo para compreensão do cenário e a tomada de decisões.