Outuno em Guarapuava terá influência do El Niño

A partir das 18h58 da próxima quarta-feira (20), o verão dará lugar ao outono, estação que marca as primeiras frentes frias no Brasil, apesar de já parecer outono em Guarapuava há algum tempo em decorrência das chuvas recentes.

A previsão para a próxima quarta-feira, data que marca a chegada oficial do outono no país, a previsão é de céu nublado e pancadas de chuva, como tem sido o final do verão em Guarapuava nos últimos dias. Na quinta-feira (21), primeiro dia oficial da nova estação, as chuvas devem dar uma trégua, mas as temperaturas devem cair (mínima 14ºC e máxima 20ºC), e na sexta-feira (22) a mínima deve chegar aos 12ºC, com ventos de até 52 km/h, para Guarapuava entrar de vez no clima do outono.

 

EL NIÑO

De acordo com o site Climatempo, a região sul, principalmente Paraná e Santa Catarina, não devem sofrer tantas mudanças em relação às chuvas com a chegada do outono. Meteorologistas afirmam que o grande diferencial da estação neste ano será a influência do El Niño, que mesmo estando em baixa intensidade, vai interferir na quantidade de chuvas e nas temperaturas.

O El Niño deve interferir na estação até o fim de junho. Além disso, a temperatura do oceano Atlântico encontra-se acima do normal, o que deve resultar num outono menos frio que em anos anteriores. Os dias mais frios devem ocorrer por conta das massas polares que vão passar pelo Brasil durante a estação por um curto período de tempo.

O El Niño é um fenômeno climático de escala global. Caracteriza-se pelo aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico, predominantemente na sua faixa equatorial. Ocorre em intervalos médios de 4 anos. Esse aquecimento é geralmente observado no mês de dezembro, próximo ao natal, por isso recebeu o nome de El Niño, em referência ao Niño Jesus (Menino Jesus). Em anos de El Niño, ocorre enfraquecimento dos ventos alísios (deslocamentos de massas de ar quente e úmido), fazendo com que a camada de águas superficiais quentes do Pacífico se desloque ao longo do Equador em direção à América do Sul.

No Brasil, esse fenômeno causa um grande aumento de chuvas na região Sul, o que pode acarretar prejuízos aos agricultores. Na região Norte ocorre redução de chuvas nos setores norte e leste da Amazônia, levando ao aumento significativo de incêndios florestais. No Nordeste também ocorre diminuição das chuvas, sendo que no Sertão nordestino essa diminuição pode alcançar até 80% do total médio do período chuvoso. Ocorre também aumento nas temperaturas do Sudeste e Centro-Oeste.