Andar fora da faixa, um hábito perigoso

Pressa, falta de costume, preguiça, jeitinho brasileiro e, muitas vezes, uma simples desatenção. Essas são as principais justificativas apontadas pelos pedestres para não usar a faixa, que, muitas vezes, está a poucos metros.

Perguntados sobre a atitudes no trânsito, os pedestres são os primeiros a admitir o erro, mas justificam a imprudência por conta da correria e da pressa do dia a dia. É mais fácil cortar caminho, então a gente acaba passando e esquece que está errado, disse o técnico Francismar Cordeiro.

Nossa reportagem percorreu algumas ruas de Guarapuava e, em poucos minutos, constatou inúmeras travessias perigosas. A funcionária pública Beatriz Barros Alencar diz que falta educação no trânsito de ambas as partes, pois muitos motoristas não respeitam o direito do pedestres e o pedestre ainda não aprendeu que não pode andar fora da faixa.”

Nem quando estamos na faixa eles respeitam, imagina quando se atravessa fora. Se der bobeira, eles passam por cima. Um perigo, afirma. Beatriz.

Em muitas vias, de nossa cidade, o fluxo de veículos é muito intenso, e mesmo nesses locais, é comum ver pedestres cruzando a via fora da faixa, pelo simples fato de encurtar o caminho. Queria ir nessa loja, então já parei em frente dela e atravessei rapidinho, foi burrice, eu sei admitiu. Ela garante que a prática não é um hábito e que sempre prefere atravessar na faixa, pois sabe que é a maneira correta e que salva vidas e evita acidentes. A gente vai sempre estar errada se passar fora da faixa. Se for atropelada, vou ser a culpada, por exemplo, disse.

Atravessar a rua fora da faixa de segurança está na cultura do povo brasileiro, avalia o diretor de trânsito. O técnico Francisco também ressalta o problema cultural e lembra que em Joinville (SC) o motorista automaticamente para quando o pedestre pisa na faixa de segurança. Nós precisamos aprender a respeitar as normas, todos nós brasileiros. Isso é bom para todo mundo evita acidentes e conserva a vida de todos, disse.