Turistando na companhia dos esportes radicais

Falar de turismo de aventura é deixar a adrenalina percorrer todo o corpo, chegar ao nível máximo e sentir na pele a sensação de liberdade e superação. Vencer obstáculos que desafiam as capacidades humanas como subir montanhas, enfrentar temperaturas baixas, descer corredeiras e ultrapassar os próprios limites na busca por experiências sensoriais.

Mas é preciso ter muita cautela na hora de se aventurar por aí, não é tão simples quanto parece, a consciência dos cuidados indispensáveis na prática desses esportes garante momentos inesquecíveis e satisfatórios, contar com profissionais preparados para auxiliarem nesta aventura e estar preparado com equipamentos de segurança são fatores de extrema importância.

Ricardo, Bacellar Pacheco é praticante de esportes radicais há 18 anos, para ele, o esporte está ganhando espaço na cidade. Eu comecei a fazer rapel em 1999, onde hoje é a praça da fé mas antes era só uma pedreira, com alguns equipamentos comprados nos Estados Unidos. Na época não se ouvia falar do esporte em Guarapuava.

Aos poucos, o esportista decidiu inovar e hoje além do rapel também pratica a modalidade conhecida como pêndulo humano, que consiste em um salto no vazio, onde o participante é preso a um cabo e balança no ar. Pacheco, explica que em conjunto com a equipe dele convidou um grupo de esportistas de São Paulo para pularem do Salto São Francisco, uma queda livre de 196 metros. O Salto São Francisco foi bem legal, é a quebra de um recorde. A gente viu a estrutura de um righline, então eu entrei em contato com uma equipe de São Paulo que já era dona do recorde brasileiro, tinham saltado de 108 metros e eles toparam na hora. Eu consegui as licenças e foram três meses medindo com GPS, quase todo o final de semana a gente ia para lá, organizar para eles virem fazer a queda. Deu tudo certo e todo mundo saltou. Foi bem legal.

O esportista alerta que na hora de fazer qualquer atividade, principalmente o esporte de aventura, é preciso estar atento às condições de segurança. As pessoas devem evitar chegar na beira de precipícios se não tiver com equipamento de segurança, porque pode escorregar, eu nunca presenciei mas já vi muitos vídeos, é perigoso, então precisa usar todos os equipamentos para garantir que nada errado possa acontecer.

Pacheco conta que vê na cidade um ponto forte para o turismo de aventura, o que precisa ainda é  as pessoas conhecerem mais dos esportes que podem ser praticados nos espaços ao ar livre. Guarapuava é uma cidade que tem muitas cachoeiras, áreas naturais que podem ser exploradas. A Serra da Esperança é um lugar muito lindo, no Parque do Jordão, a gente faz tirolesa, a gente fala em rapel e escalada todo mundo sabe o que é mas o pêndulo pouca gente conhece.

 A gente tem uma equipe parceira no Brasil inteiro, O esporte une as pessoas de forma que eu nunca pensei que isso pudesse acontecer um dia,  diz Ricardo Bacellar Pacheco