Senador Álvaro Dias é expulso por alunos de universidade em Guarapuava

Tucano foi a Unicentro para falar, à comunidade acadêmica, sobre Ética na vida pública

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi, literalmente, expulso ontem (04) à noite da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Debaixo de gritos de protesto, o “tucano bateu asas e vou” mais que depressa. Cavalaria, abaixo o choque! Cavalaria, abaixo o choque!, gritavam os acadêmicos, nos corredores da Unicentro, enquanto mostravam a porta da frente à comitiva do senador Álvaro Dias, que teve de deixar às pressas o prédio da Universidade.

O senador usou uma rede social para atacar os estudantes. [São]grupelhos do PCdoB e PT, acusou. Dias disse que os universitários são despreparados para o debate de ideias e foram ,ao evento, para tumultuar e afrontar a democracia.

Os estudantes, por meio de rede social, também, disseram que o senador não estava lá para ouvi-los. Chamados, por Dias, de gangue vermelha, eles contra-atacaram: para esse conservador o simples fato de perguntar com o intuito de denunciar promessas não cumpridas, do seu colega de partido (Beto Richa), já seria uma questão Petralha, disseram.

Os acadêmicos acusaram o parlamentar de ser uma espécie de Demóstenes Torres (falso moralista) do Paraná; “Cavalaria, abaixo o choque! Cavalaria, abaixo o choque!”, gritavam os estudantes, em referência ao confronto da PM com professores em 1988.

Em 30 de agosto de 1988, quando Álvaro era governo do Paraná fez uso da força, com direito a Batalhão de Choque e Cavalaria da PM, para dispersar professores que protestavam em frente ao Palácio Iguaçu. A partir desse confronto, todos os anos, profissionais da educação fazem eventos para relembrar o massacre atribuído ao tucano, que insite em não querer lembrar.

Fique claro que a motivação de expulsarmos (não fisicamente!) o senhor Senador foi a cara de pau do reitor e do senador em palestrar sobre ética, quem defende a liberdade de expressão Pacífica (sendo que a de ontem não teve nenhum tipo de violência ou depredação) terá que reconhecer que a nossa liberdade de expressão foi feita, disse uma estudante, em sua página pessoal.