Causos do “Quirera”

Jorge Luís Folmann, o Quirera”, era uma figura. Colorado roxo foi por muito tempo mordomo do futsal com o Clube Atlético Deportivo. Como atleta jogou no Guarapuava E.C., Grêmio Oeste, Batel, entre outros clubes na cidade. Quem o conheceu só imagina quantos causos este inesquecível amigo deve ter contado, pois Deus lhe deu uma facilidade de relatar histórias de seus amigos de uma maneira toda especial. Quantos churrascos ele animou, quantas viagens longas com seus contos a tornaram mais curtas. Seu amigo Charutinho era o alvo principal, foi uma perda prematura. Deixou saudades. Esta lembrança do saudoso amigo “QUIRERA nos motivou a compartilhar com o leitor suas histórias engraçadas.

Uma delas contou ele, foi quando o ex-goleiro do CAD, “Batatinha” estava com uma contusão séria no joelho. O departamento médico indicou um especialista, já que João Curador, massagista não teve êxito.

O atleta foi ao consultório e apresentou-se ao médico, que o examinou, após a perícia este falou: – Pelo laudo o senhor não tem condição nenhuma de jogo e assinou o atestado. E lá foi Batatinha voltando cabisbaixo e se apresentou ao diretor, Liberato do CAD, resmungando: – Liberato nem conheço um FDP, tal de 'Laudo', que disse que não posso jogar. Nosso amigo desconhecia que o tal do 'Laudo' era na verdade o laudo médico, um documento que diz o que o paciente tem com referência a doença (diagnóstico). Quirera jurava que era verdade o fato relatado. No embalo já vai mais um causo, este contava QUIRERA, aconteceu na primeira vitória do nosso grande herói Célio Rodrigues, depois de uma grande apresentação e a conquista do título mundial na Europa desembarcou no aeroporto de São Paulo e foi recebido pelo representante do município de Guarapuava, Sr Cosme Stimer. Quem conhece nosso amigo Jacaré sabe dos seus vários problemas nos joelhos, ocasionados por inúmeras cirurgias mal realizadas que o deixaram sem chance nenhuma de bater os calcanhares. Para cumprir o protocolo nosso campeão ia receber uma homenagem numa academia paulista, cansado da longa viagem e da luta do dia anterior pediu ao amigo Cosme auxiliá-lo a carregar o cinturão de campeão mundial. O local lotado e lá vem caminhando Célio e seu escudeiro, quando avistado por um garoto que segurava a mão de sua mãe este exclamou: – Mãe quem são eles, apontando para a dupla de amigos. A boa senhora conhecedora do que estava acontecendo responde a pergunta do filho. – Aquele rapaz se tornou campeão mundial de muay-thai. O menino de olhos arregalados fala assustado: – Mãe do céu! A briga foi feia, o cara tá todo torto. Fazendo referência a Cosme carregando o cinturão com seu jeito peculiar de andar.