Projeto da Unicentro oferece testagem gratuita para ISTs em Guarapuava
Ação também pode ser realizada no Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) ou com o Projeto Ativa
De acordo com o Ministério da Saúde, testes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) devem ser realizados com regularidade, garantindo um diagnóstico precoce, tratamento de qualidade e a interrupção da cadeia de transmissão. O serviço de testagem é disponibilizado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, em Guarapuava, também pode ser realizado no Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) ou com o Projeto Ativa.
O Ativa é um projeto de extensão formado por alunos e professores dos cursos de saúde da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e oferece testagem gratuita para o HIV, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C.

O atendimento regular ocorre na Unidade Escola de Enfermagem (Câmpus Cedeteg) nas segundas e quartas-feiras, entre às 14 e 19 horas, sem a necessidade de marcar um horário. Toda a comunidade, tanto acadêmica quanto externa, pode realizar os testes.
A extensão como ponte entre a universidade e a comunidade
O Ativa atua como um instrumento de prevenção e de diagnóstico precoce, e cumpre ainda o papel de ponte entre a academia e a comunidade, oferecendo um serviço que colabora para o bem-estar social da população que pode ser atendida gratuitamente.
“As ações são muito importantes, pois facilitam o acesso das pessoas ao serviço”, explica Marina Alves Rosa, estudante de Enfermagem e participante do projeto. “É um assunto pouco abordado e ainda cercado de tabus. Por isso, falar sobre ISTs e incentivar a realização de testes é fundamental”, completa.

Para além das testagens gratuitas na Unidade Escola de Enfermagem disponíveis a toda comunidade, são ofertados testes durante campanhas e atendimentos na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), na Penitenciária Estadual de Guarapuava (PEG) e na 14º Subdivisão Policial (Cadeia Pública) de Guarapuava. Empresas e outras instituições também podem requisitar os serviços dos projetos para conscientização e testagem.
“Muitas pessoas desconhecem a importância dos testes e, através do projeto, tomam conhecimento. Por isso, vejo essa experiência como algo muito positivo”, afirma Marina.
Informação como ferramenta de prevenção
Um dos pilares fundamentais do projeto Ativa é a conscientização. A difusão de informações sobre prevenção e tratamento das ISTs constitui uma das principais ferramentas utilizadas pelos profissionais e estudantes envolvidos. No entanto, o preconceito em torno do tema se torna um obstáculo para alcançar o público, independente da faixa etária, gênero e sexualidade.
“Observamos que, ao abordar o assunto, as pessoas ficam hesitantes. Embora digam que não se importam em se cuidar, muitas vezes não têm conhecimento sobre o assunto ou se recusam a buscar tratamento”, aponta uma acadêmica da Unicentro, que preferiu não se identificar, mas que participou de uma das campanhas do Ativa.
Diante desse cenário, o projeto reforça a importância de promover o diálogo e a educação em saúde como formas eficazes de combater o preconceito e ampliar o acesso à informação. Mais do que oferecer testes e orientações, o Ativa busca transformar percepções, mostrando que falar sobre ISTs é também uma forma de cuidado e de empatia.