Projeto da extensão trabalha na prevenção da obesidade infantil

Ação extensionista do Programa PreveNutri, da Unicentro, atua em 18 escolas de Guarapuava

Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, do Ministério da Saúde, entre 2008 e 2021, a taxa de obesidade infantil cresceu 70% no Brasil. O estudo mostra, ainda, que uma em cada dez crianças, de até cinco anos, está com o peso acima do ideal. Dados como esses justificam o desenvolvimento do Programa PreveNutri – Prevenindo a obesidade infantil por meio de intervenções interdisciplinares” – uma ação extensionista, da Unicentro, que atua em 18 escolas de Guarapuava.

“O objetivo do projeto é aplicar ações interdisciplinares de apoio à prevenção da obesidade para crianças em idade escolar da rede pública de Guarapuava. Ele tem o intuito de colaborar para a melhoria dos hábitos de saúde e, também, na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis futuras”, explicou a coordenadora do projeto, professora Daiana Novello, do Departamento de Nutrição.

O projeto é baseado no acompanhamento multidisciplinar das crianças, abrangendo todos os aspectos que envolvem a saúde da criança. Por isso, o PreveNutri integra diferentes áreas do conhecimento nas suas atividades: Nutrição, Agronomia, Educação Física, Matemática, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Psicologia, e Pedagogia.

“As principais atividades relacionadas a esse projeto extensionista visam avaliação do estado de saúde geral das crianças, além da realização de ações interdisciplinares que envolvem a educação alimentar e nutricional, além da implantação de hortas escolares, rotulagem nutricional e promoção da prática de atividade física”, afirmou Daiana.

Desenvolvido desde o mês de março de 2022 e com prazo de execução de um ano, o projeto é vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná (Seti), à Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF) e ao Programa Universidade sem Fronteiras (USF).

Atividades abrangem 18 escolas municipais (Foto: arquivo pessoal)

Bianca Brizola é estudante de Nutrição e faz parte da equipe executora do projeto. Para ela, as atividades desenvolvidas possibilitam o aprimoramento da sua formação.

“Me proporcionou um vasto conhecimento nesta área, tanto conhecimento científico, quanto para a minha formação profissional. Por exemplo, colocar em prática o que eu estou aprendendo, a comunicação, o trabalho em grupo e que, com certeza, eu vou levar para a minha formação profissional”, disse.

A obesidade em crianças e adolescentes resulta de uma série complexa de fatores genéticos e comportamentais que envolvem famílias e escolas. Os principais fatores que a desencadeiam estão atrelados ao estilo de vida que a criança leva. Por isso, é importante aprender, desde cedo, a importância de cuidar da saúde.

“Espera-se que as crianças, com o projeto, se mantenham interessadas em conservar um padrão de vida mais saudável, já que passarão a conhecer melhor os alimentos e seu processo de cultivo e de rotulagem nutricional, além dos benefícios da prática da atividade física diária”, esclareceu a coordenadora.

“Com isso, será possível reduzir o risco de obesidade infantil e de futuras doenças crônicas não transmissíveis, garantindo-se a manutenção de um estado nutricional de eutrofia e, assim, uma melhor qualidade de vida para essa população”, completou Daiana.