Diabetes tipos 1 e 2: o que diferencia ambos, quais os sinais de alerta e como cuidar da saúde com mais qualidade de vida

Brasil é o 6º país com mais casos no mundo; alimentação balanceada, exercícios regulares, peso adequado e acompanhamento médico auxiliam a controlar a doença

A Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) divulgou a edição 2025 do Atlas Global de Diabetes, com um cenário preocupante: 589 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos convivem atualmente com a doença no mundo. O número representa uma alta de quase 6% em somente quatro anos. 

O Brasil ocupa a sexta posição no ranking global, com mais de 16 milhões de casos – atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos, Paquistão e Indonésia. O termo “diabetes” faz parte do vocabulário comum quando o assunto é saúde, mas ainda levanta muitas dúvidas. 

O que diferencia o tipo 1 do tipo 2? Como reconhecer os primeiros sinais? E, principalmente, é possível ter qualidade de vida após o diagnóstico? A boa notícia é que, sim, é possível viver bem com a condição, se houver informação, rotina e acompanhamento médico adequado.

O que é o diabetes?

Diabetes mellitus é uma condição crônica caracterizada pela dificuldade do organismo em regular os níveis de glicose (açúcar) no sangue. Isso ocorre por deficiência na produção de insulina (hormônio que regula o açúcar no sangue) ou pela incapacidade do corpo em utilizá-la adequadamente.

O diabetes tipo 1 costuma surgir ainda na infância ou adolescência e está relacionado a fatores autoimunes. Neste caso, o corpo ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, tornando necessário o uso diário do hormônio, por meio de injeções ou bombas de infusão.

Já o diabetes tipo 2 é o mais comum e, embora tenha componentes genéticos, está associado ao estilo de vida, como má alimentação, sedentarismo e sobrepeso. Aqui, o corpo até produz insulina, mas não consegue utilizá-la da forma correta. 

O tratamento pode incluir mudanças na alimentação, prática de atividades físicas, medicamentos orais e, em alguns casos, o uso de injeções, como as que contêm semaglutida, substância presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy, que auxiliam no controle da glicemia e do peso corporal. Entre os sintomas mais comuns do diabetes, estão:

  • sede excessiva;
  • fome frequente;
  • urina em abundância;
  • perda de peso sem causa aparente;
  • cansaço constante;
  • visão embaçada.

Fatores de risco e prevenção

Enquanto o tipo 1 não pode ser evitado, o diabetes tipo 2 pode ser prevenido – ou ao menos adiado – com algumas mudanças no estilo de vida. Alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso e acompanhamento médico periódico são importantes na prevenção.

Diagnóstico precoce faz a diferença

Detectar o diabetes logo no início é essencial para evitar complicações. O diagnóstico é feito por exames simples de sangue que medem os níveis de glicose em jejum ou por meio do teste de hemoglobina glicada. Manter check-ups em dia é uma forma eficiente de cuidar da saúde e evitar surpresas.

Viver bem com diabetes é possível

A rotina de quem convive com diabetes exige cuidados, mas está longe de ser sinônimo de restrições extremas. Um plano alimentar, a prática de atividades físicas, o uso correto de medicamentos e o apoio de uma equipe de saúde são fundamentais para o controle da doença e a manutenção da qualidade de vida.

Nos últimos anos, os avanços nos tratamentos – como o uso de canetas de semaglutida – têm contribuído para tornar o manejo da condição mais eficaz e menos invasivo. No entanto, é essencial seguir a prescrição médica, já que o uso indiscriminado de medicamentos pode trazer riscos.

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