Última pesquisa consolida Bolsonaro na liderança

Bolsonaro já ganhou até inflável (Foto: Miguel Schincariol/AFP)

 

Após o atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL-RJ) na semana passada, a pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (11) confirma a consolidação do voto para presidente da República no deputado. O candidato de extrema direita aparece com 26%, quatro pontos a mais do que tinha na última pesquisa. Além disso, sua rejeição caiu de 44% para 41% — no entanto, houve queda de rejeição de praticamente todos os candidatos no levantamento. Os números do Ibope, coletados entre sábado e segunda-feira, representam um cenário bem melhor para o capitão reformado do Exército do que o traçado pela pesquisa do Instituto Datafolha que é mais recente, feita e divulgada na segunda-feira (10).

No segundo turno, ao contrário do quadro desfavorável exposto pelo Datafolha, Bolsonaro aparece mais parelho com quase todos os seus adversários. Contra Ciro Gomes (PDT), o deputado teria 37% dos votos, três pontos a menos que o ex-governador do Ceará. Contra Geraldo Alckmin (PSDB), Bolsonaro aparece com os mesmos 37%, enquanto o tucano tem 38%. O deputado do PSL empata com Marina Silva (Rede) em 38% e fica na frente de Fernando Haddad (PT), com 40% contra 36%. O levantamento ainda captou uma oscilação positiva de seis pontos na pesquisa espontânea para Bolsonaro — ele chegou a 23%. Esse é um indicador que reforça a convicção do voto no deputado.

A pesquisa também confirma a tendência de queda de Marina Silva, já identificada por outros levantamentos, especialmente no Datafolha mais recente. A ex-ministra tinha 12% das intenções de voto na última pesquisa, e agora aparece com 9%, uma queda acima da margem de erro, de dois pontos. Já Ciro oscilou dentro da margem de erro, de 12% para 11%. Alckmin ficou com os mesmos 9% da última pesquisa e é seguido por Haddad, indicado nesta terça-feira para concorrer no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — o petista, preso desde abril, apareceu com apenas com 15% de voto espontâneo, sete pontos a menos do que na pesquisa anterior. Todos os quatro candidatos posicionados logo abaixo de Bolsonaro estão tecnicamente empatados. (Com informações de Rodolfo Borges do El País Brasil)