‘Dia do Tropeiro’ entra no calendário da cidade

A Câmara de Vereadores de Guarapuava aprovou como data oficial a ser comemorada em 26 de abril

A Câmara de Vereadores de Guarapuava aprovou, em segunda discussão, como data oficial, a ser comemorada em 26 de abril, o projeto de lei que autoriza a inclusão no calendário oficial do Município do ‘Dia do Tropeiro’. No Estado, uma lei estadual já prevê a comemoração.

O objetivo é valorizar o movimento e contribuir para manter viva a história destes grandes brasileiros que tanto contribuíram para o crescimento econômico, criação e fortalecimento de cidades através do transporte das mercadorias e do comércio por eles praticados.

De acordo com os autores da proposição, vereadores Vardinho e Paulo Lima, Guarapuava é um dos municípios mais tradicionais do Paraná. “Contamos com inúmeros adeptos da tradição gaúcha, que cultivam a tradição de nossos antepassados, de homem do campo e da lida campeira, exteriorizando-se pela lembrança dos bons costumes, e o tropeiro, igualmente, faz parte da nossa história”, afirmam.

Os tropeiros transportavam tropas de gado e muares de Viamão – RS até Sorocaba – SP, e Guarapuava foi descoberta como uma alternativa mais curta para o trajeto, que ficou conhecido como o “Caminho das Missões”, que encurtava trecho em 60 léguas, o equivalente as 360 km, reduzindo a viagem em aproximadamente 20 dias.

“O tropeiro era um homem forte, destemido e rude, que dormia ao longo das estradas, em acampamentos improvisados, mas sempre junto à tropa, e alimentava-se com comidas típicas dos viajantes da época, como arroz carreteiro, charque, farofa de charque ou feijão tropeiro, comidas fortes e não perecíveis, para dar sustância à lida forçada e trabalhosa. Por força das tropeadas que transportavam riquezas houve um fortalecimento do comércio em todas as cidades pelas quais passavam, além de outras tantas que foram fundadas”, diz um trecho do projeto.

“Nossa cidade tem várias pessoas adeptas ao cultivo da tradição dos tropeiros que buscam reproduzir aquela forma de vida, com seus trajes típicos, cavalos e mulas e comidas campeiras, em trajetos que incluem as fazendas de amigos, os quais os recebem oferecendo pousada. É um movimento que envolve toda a família, desde os mais jovens até os mais idosos, sempre na busca de reviver as origens numa atitude de respeito e hospitalidade para com todos, numa irmandade bonita de se apreciar”, justificam os autores da proposta.

O projeto, aprovado em duas sessões, segue para sanção do prefeito.