Denúncias apontam que no semáforo do achaque está a base da cracolândia guarapuavana

Comerciantes, motoristas e populares denunciam a dificuldade em transitar pela rua Marechal Floriano Peixoto, esquina com a avenida Moacir Júlio Silvestre, principalmente aos finais de semana e feriados, pela quantidade de moradores itinerantes (morador de rua), que ficam no local pedindo umas moedinhas, muitas vezes de forma truculenta. Ao mesmo tempo que algumas pessoas se revezam nas abordagens dos motoristas, outros fazem uso de bebidas alcoólicas. Denúncias apontam que elementos buscam, espaços públicos, obras e residências sem uso naquela região, para o consumo de drogas e prostituição.

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), de Guarapuava disse recentemente a reportagem do Jornal Extra Guarapuava, que em 2018 foram feitos: 1.593, atendimentos (morador de rua e itinerantes), dos quais, 107 são considerados itinerantes nos cadastros do CREAS. A nossa reportagem conversou com Diógenes Rodrigues, que está a cerca de oito anos morando sem uma residência fixa. Ele disse que partir do momento que o sujeito se encontra nas ruas, sem um destino, ele se sente no estado de fundo do fosso. Nas clínicas que fui internado para tratamento contra o alcoolismo me colocaram para trabalhar duro na roça, se for assim prefiro buscar um emprego fixo e de preferência com carteira registrada, frisou.  Ele que ao mesmo tempo que procura um emprego, também pede doações e junta latinhas para sobreviver. Diógenes não faz parte do grupo de pessoas fotografado pela nossa reportagem na avenida Moacir Júlio Silvestre.

   Preconceito e discriminação

Diógenes diz que gosta de Guarapuava, devido ao fato que tem algumas pessoas que ainda o ajudam, por esse motivo não pretende voltar a sua cidade natal, Guaraniaçu. Infelizmente sofremos diariamente a discriminação e o preconceito vindo das pessoas que não conhecem a história de vida de quem não tem uma moradia fixa e que certamente não queria ter esse modo vida, lamentou ele. Em 2018 foram registrados os assassinados quatro moradores sem residência fixa, considerado morador de rua. Investigações indicam que as mortes podem ter sido em decorrência de conflitos entre eles mesmos, na maioria das vezes sobre o efeito de álcool e drogas.