Acampamento do MST em Guarapuava é alvo de operação da PM

A polícia informou que foram apreendidas duas pistolas, uma espingarda e munições

O acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Guarapuava fou alvo de uma operação da Polícia Militar policial na manhã desta sexta-feira (20). No local, segundo a PM, foram cumpridos dois mandados de busca e um de apreensão.

Ainda segundo a PM, so todo, 98 agentes participam da ação, entre equipes da Polícia Militar (PM), Pelotão de Choque da PM, Polícia Civil, Polícia Rodoviária, Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros.

Ação orreu um dia após integrantes do MST bloquearem a PR-170 por cerca de três horas. Durante a manifestação, que reivindicou a regularização fundiária de 14 comunidades, dois policiais foram rendidos e retirados da pista por manifestantes (veja no vídeo).

A polícia informou que foram apreendidas duas pistolas, uma espingarda e munições. Quatro pessoas foram presas, três por porte de arma e uma por porte de munição.

Outras seis pessoas foram levadas para prestar depoimento por suspeita de que tenham participado da rendição dos policiais.

Resposta do MST

Em nota o MST disse que é falsa a informação que circula em redes sociais de que teria feito políciais de reféns. Confira a nota na íntegra.

É falsa a informação que circula em redes sociais de que o MST teria feito policiais reféns na manhã desta quinta-feira (19), em Guarapuava (PR).

Cerca de 300 camponesas e camponeses Sem Terra bloqueavam parcialmente a PR 170, em Guarapuava, para cobrar uma resposta do INCRA-PR sobre a regularização fundiária de 14 comunidades da Reforma Agrária e de posseiros da região.

As comunidades estão localizadas nos municípios de Inácio Martins, Pinhão, Reserva do Iguaçu e Guarapuava, em 75 mil hectares de terras griladas por grandes proprietários. Cerca de 2 mil famílias camponesas vivem nas comunidades, algumas há mais de 30 anos, à espera da formalização dos assentamentos.

Os trancamentos começaram a ocorrer na tarde desta quarta-feira (18), com liberação do tráfego a cada 30 minutos e abertura imediata para ambulâncias e serviços de saúde em geral. Por volta das 10h30 da manhã desta quinta-feira, após diálogo com o Incra e a Polícia Rodoviária Estadual, a via foi totalmente liberada.

Uma reunião foi marcada para a tarde desta sexta-feira (20), em Guarapuava, com representantes da Ouvidoria Agrária Nacional, da Ouvidoria Agrária estadual e do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos (Cejusc) do Tribunal de Justiça do Paraná.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Paraná – MST no PR