Prefeitura de Guarapuava faz desassoreamento de rios e córregos

Objetivo da ação é diminuir os riscos de enchentes e alagamentos e os perigos sanitários

Nesta terça-feira (27), a Prefeitura de Guarapuava deu continuidade às operações de desassoreamento em rios e córregos da cidade, visando diminuir os riscos de enchentes e alagamentos e os perigos sanitários. Os trabalhos se concentraram na região do Boqueirão, especificamente na Vila Concórdia, onde córregos desembocam no Rio Coutinho.

A secretária de Obras, Jacqueline Satiko Tsui, enfatizou a importância desses esforços preventivos: “A limpeza dos rios e córregos é essencial para permitir o adequado escoamento das águas. O acúmulo de lixo e sedimentos causa obstrução, levando à inundação de áreas residenciais.

O desassoreamento dos rios facilita o fluxo de água, evitando tais transtornos. É crucial ressaltar que todos devem descartar corretamente o lixo, seja nas ruas, nos rios ou em terrenos baldios, para prevenir esse tipo de problema”, destacou a secretária.

A ação no Rio Coutinho iniciou nesta terça-feira, dia 27, e está prevista para ser concluída amanhã, no fim da tarde de quarta-feira, 28 de fevereiro. Em seguida, os esforços se direcionarão para o Rio Cascavelzinho, no trecho que passa pela ponte do BAirro Paz e Bem, com expectativa de conclusão em aproximadamente 15 dias. Posteriormente, o trabalho se estenderá ao rio adjacente à área da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG).

O desassoreamento consiste na remoção de sedimentos como areia e lodo do leito dos cursos d’água, desobstruindo assim as calhas e facilitando o fluxo de escoamento. Essa medida é vital para prevenir alagamentos, especialmente em áreas urbanas propensas a inundações.

Conscientização

Além das intervenções físicas nos rios e córregos, a conscientização da população é fundamental para evitar o acúmulo de resíduos e entulhos que obstruem as vias fluviais. Descartar lixo, restos de materiais de construção e outros detritos em locais inadequados contribui para o entupimento das galerias de captação das águas pluviais, agravando o problema das enchentes.

Luzia Pereira dos Santos, de 68 anos, e Antônio Didur, de 78, vivem na região há muitos anos. De acordo com eles, quando chove muito, a água do córrego sobe e vai até a porta das casas. “Aqui já tiramos sacos de lixo, desentupimos manilhas, fazemos o que podemos. Com esse desassoreamento, vai melhorar”, disse Luzia.

Antônio, que já chegou a retirar fogão e até mesmo geladeira de dentro do córrego, afirmou que ainda há muito a ser feito, mas que está contente com a medida. “Quando a gente limpa aqui, o rio baixa. Isso é muito importante, porque se não limparmos, o lixo faz o rio encher demais e aí alaga tudo”, observou o morador.