PNAD: Paraná tem um dos melhores rendimentos médios mensais do país, aponta IBGE

O valor leva em consideração todas as fontes de renda e é 9,2% maior do que a média nacional, que ficou em R$ 2.265 no mesmo período

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (10) revelou que o Paraná teve um dos melhores rendimentos médios mensais do País em 2021: R$ 2.474. O valor leva em consideração todas as fontes de renda (trabalho, aposentadoria, pensão, aluguel e etc.) e é 9,2% maior do que a média nacional, que ficou em R$ 2.265 no mesmo período.

Entre as 27 Unidades da Federação, apenas Distrito Federal (R$ 4.167), São Paulo (R$ 2.904), Rio de Janeiro (R$ 2.884), Rio Grande do Sul (R$ 2.641) e Santa Catarina (R$ 2.542) tiveram indicadores melhores no período.

O rendimento médio do paranaense passa para R$ 2.639 quando considerada a média mensal real apenas das pessoas de 14 anos ou mais de idade, novamente agrupando todas as fontes de renda. Neste recorte o montante nacional ficou em R$ 2.476. Ainda de acordo com o levantamento, a renda média mensal domiciliar por pessoa atingiu R$ 1.529 em 2021.

Ganhos que podem ser creditados à política da valorização do salário mínimo regional implementado pelo Governo do Estado. O Paraná tem o maior piso regional do País, com os salários variando entre R$ 1.617 a R$ 1.870, dependendo da categoria profissional. O último reajuste, implementado em janeiro, foi de 10,16%, o equivalente a 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O salário mínimo regional é uma referência para a negociação das categorias sindicalizadas e uma garantia para aquelas que não têm sindicato ou acordos e convenções coletivas de trabalho. A medida vale exclusivamente para os empregados que não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho.

“O Paraná mantém o compromisso com os trabalhadores e garante, após intenso diálogo com representantes de centrais sindicais e das entidades patronais, o maior piso salarial do País”, afirma Ratinho Junior. “Em um momento em que a economia sofreu abalos em razão da pandemia da Covid-19 e de uma inflação mundial, manter o poder de compra para o trabalhador é bom para todo mundo e ajuda a movimentar todos os setores do Estado”.

Categorias – Desde que foi criado, em 2006, o salário mínimo regional do Paraná sempre foi estabelecido em patamares superiores aos do salário mínimo nacional (R$ 1.212). O reajuste no Estado utiliza o mesmo índice aplicado nacionalmente, baseado na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.

São quatro faixas salariais, que beneficiam técnicos de nível médio; trabalhadores de serviços administrativos do setor de serviços e vendedores do comércio em lojas e mercados; trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca; da produção de bens e serviços industriais; e de manutenção e reparo.

Na primeira faixa, voltada aos trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca (grande grupo 6 da Classificação Brasileira de Ocupações), o salário mínimo passa para R$ 1.617 (R$ 7,35 por hora). A segunda abrange os trabalhadores de serviços administrativos, vendedores do comércio em lojas e mercados e em serviços de reparação e manutenção (grupos 4, 5 e 9 da Classificação Brasileira de Ocupações), que terão piso de R$ 1.680,80 (R$ 7,64 por hora).

Já a terceira faixa é válida aos trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8 da Classificação Brasileira de Ocupações), que receberão a partir de R$ 1.738 por mês (R$ 7,90 por hora). Por fim, o grupo 4 envolve os técnicos de Nível Médio (grupo 3 da Classificação Brasileira de Ocupações).

Da redação ADIPR Curitiba