Operação Rondon: Unicentro leva oficinas e ações de cidadania a mais de mil pessoas

Foram promovidas oficinas, rodas de conversa e atividades educativas com crianças, adolescentes, adultos e idosos nos municípios de Joaquim Távora e Rancho Alegre

As equipes da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em campo na Operação Rondon Paraná 2025, promoveram oficinas, rodas de conversa e atividades educativas com crianças, adolescentes, adultos e idosos nos municípios de Joaquim Távora e Rancho Alegre, ambos no norte do estado. Ao todo, 31 rondonistas, entre alunos e professores, das mais diversas áreas do conhecimento, desenvolveram ações extensionistas que impactaram mais de mil pessoas desde o início da operação.

As atividades abrangeram temas variados como saúde bucal, primeiros socorros, prevenção de queimaduras, alimentação saudável, empoderamento feminino, violência doméstica, saúde mental de trabalhadores, além de oficinas para idosos e ações voltadas à sustentabilidade,  turismo e uso consciente das redes sociais.

Atuação direta na comunidade

Em Rancho Alegre, a equipe da Unicentro foi composta por 16 integrantes, sendo 14 estudantes e duas professoras, Alexandra Madureira, do departamento de Enfermagem, e Carla Sant’Ana, do departamento de Pedagogia.

Para Alexandra, a Operação Rondon é uma oportunidade única de vivência comunitária e integração entre áreas distintas do conhecimento.

“Está sendo uma experiência muito legal. Inicialmente eu tinha receios por estar com pessoas que eu mal conhecia, mas o interessante da Operação é justamente isso, colocar gente de áreas diferentes para atuar junto, interagir e construir algo coletivo com e para a comunidade. É sair da zona de conforto e viver a extensão de forma genuína”, avaliou.

Promoção de saúde foi tema de ações em Joaquim Távora

Entre as oficinas realizadas pelo grupo, destacam-se atividades lúdicas com crianças, como o “Semáforo do Corpo”, oficinas de prevenção e cuidados com queimaduras, mutirões de combate à dengue, escuta ativa com idosos e ações de orientação em saúde em espaços públicos. Estima-se que cerca de 800 pessoas tenham sido alcançadas pelas atividades do grupo só em Rancho Alegre.

A estudante Laísa Vitória Garbachevski, do curso de Enfermagem da Unicentro, conta como essa vivência tem transformado sua forma de se comunicar com diferentes públicos.

“Minha futura profissão exige esse contato com a comunidade, e aqui estou aprendendo como falar com crianças, adultos e idosos. Cada pessoa exige uma abordagem diferente. Isso vai me ajudar muito no meu futuro como enfermeira”.

Integração com a comunidade e desenvolvimento local

No município de Joaquim Távora, a equipe da Unicentro atuou em conjunto com estudantes do Centro Universitário Campo Real, totalizando 17 participantes sob a coordenação das professoras Vânia Rossetto Marcelino, do departamento de Engenharia Florestal, e Aida Franco de Lima, do departamento de Comunicação Social. Aproximadamente 500 pessoas foram impactadas diretamente pelas ações do grupo.

As oficinas desenvolvidas incluíram desde atividades educativas com crianças até orientações técnicas para funcionários públicos, ações de lazer, coleta seletiva, mapeamento turístico e apoio a associações locais.

“Ver o envolvimento da população em momentos em que enxergam na equipe uma ponte para levar até as autoridades problemas localizados que precisam ser resolvidos, mostra que nosso trabalho está fazendo sentido. Os alunos também crescem, amadurecem nas decisões, na organização, na vivência com os colegas e com a comunidade”, destacou a professora Vânia.

Parte da equipe da Operação Rondon em Joaquim Távora

Para a estudante Letícia Maria Volkman Stemposki, de Ciências Contábeis da Unicentro, a operação tem proporcionado aprendizados que vão além da sala de aula.

“É incrível como, em poucos dias, a comunidade já nos reconhece, puxa conversa, nos agradece. Conhecer pessoas e histórias novas é transformador. É cansativo, mas ver o sorriso das pessoas nos motiva e faz tudo valer a pena”.

Já para a estudante Laura Refatti Mysko, do curso de Medicina do Centro Universitário Campo Real, que atua junto com a Unicentro em Joaquim Távora, a operação vai além da troca de conhecimento.

“Uma das experiências mais marcantes foi quando encontramos crianças sendo transferidas pela assistência social. Pegamos desenhos, pirulitos, adesivos, fizemos pinturas no rosto… Tentamos oferecer o que podíamos naquele momento. Foi um instante simples, mas de uma profundidade imensa. Isso é a Operação Rondon: humanidade”, contou.

Entre oficinas, brincadeiras, orientações, visitas domiciliares e conversas, os rondonistas da Unicentro promoveram educação, saúde e cidadania. E, ao mesmo tempo, foram profundamente impactados pelas histórias e pela receptividade das comunidades que os acolheram, como definiu a estudante Laísa.

“A Operação Rondon tem suas dificuldades, mas vale totalmente a pena. É uma experiência transformadora, que a gente não teria em outro lugar. Tudo o que dizem sobre o Rondon é verdade, é desafiador, mas é para a vida”, finalizou.

Deixe um comentário