Meu joelho sai do lugar e volta: o que fazer?

Meu joelho sai do lugar e volta: entenda as razões por trás disso e saiba como recuperar a estabilidade do seu joelho.

A luxação traumática aguda da patela, popularmente conhecida como deslocamento da patela, é uma condição que afeta a articulação do joelho, causando dor intensa e limitação de movimento.

Esse problema ocorre quando a patela se desloca de sua posição normal, um fenômeno conhecido como luxação ou subluxação patelar.

Afeta principalmente jovens ativos com menos de 20 anos, sendo mais comum em mulheres devido a fatores anatômicos específicos.

Entender as causas, sintomas e tratamentos disponíveis é fundamental para quem sofre com este problema recorrente.

Neste artigo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre o deslocamento patelar, desde sua definição até as melhores formas de prevenção e tratamento, ajudando a restaurar a estabilidade da articulação do joelho.

O que é o deslocamento de joelho?

Deslocamento de joelho ocorre quando há um desvio na posição da patela. Isso significa que a patela sai do seu lugar normal, afetando a funcionalidade do joelho.

Anatomia básica do joelho

O joelho é uma articulação complexa que envolve ossos, ligamentos e cartilagens. A patela, ou rótula, é um osso que se localiza na parte frontal do joelho, desempenhando um papel crucial no movimento da perna.

A anatomia do joelho é projetada para permitir a flexão e extensão da perna, além de suportar o peso do corpo.

Diferença entre luxação e subluxação patelar

Conforme informações de um dos melhores ortopedista de Goiânia, a luxação patelar ocorre quando a patela sai completamente de sua posição normal, geralmente para o lado externo do joelho.

Já a subluxação patelar é um deslocamento parcial, onde a patela sai do eixo, mas permanece dentro dos limites da articulação.

Ambas as condições podem causar dor e danos às estruturas do joelho, como cartilagem e ligamentos, especialmente se ocorrerem repetidamente.

Por que meu joelho sai do lugar e volta?

Quando o joelho sai do lugar e volta, é sinal de que algo está errado e precisa ser investigado. A instabilidade do joelho pode ser causada por vários fatores, incluindo problemas anatômicos e lesões.

Fatores anatômicos predisponentes

A anatomia do joelho desempenha um papel crucial na sua estabilidade. Fatores como a forma e o tamanho da patela, a profundidade da trilha patelar e a força dos músculos ao redor do joelho podem influenciar a probabilidade de deslocamento.

Indivíduos com certas características anatômicas, como uma patela alta ou uma trilha patelar rasa, podem ter maior predisposição a luxações da patela.

Mecanismos de lesão mais comuns

O mecanismo principal de uma luxação aguda da patela envolve a flexão do joelho com rotação interna do corpo e o pé fixado.

Isso pode ocorrer durante atividades que exigem mudanças bruscas de direção ou movimentos de pivô.

Alguns dos mecanismos de lesão mais comuns incluem a rotação do fêmur sobre a tíbia com o pé fixo no chão, impacto direto na patela e contração súbita do quadríceps.

Sintomas do deslocamento patelar

O deslocamento da patela pode causar dor e sensação de instabilidade no joelho. Esta condição afeta não apenas a funcionalidade do joelho mas também a qualidade de vida do paciente.

Sinais imediatos durante o deslocamento

Durante o deslocamento da patela, o paciente pode sentir uma sensação súbita de que o joelho “saiu do lugar”.

A dor aguda é comum, acompanhada de uma sensação de instabilidade ou “frouxidão” no joelho.

Sintomas após o reposicionamento

Após a patela voltar ao seu lugar, a dor pode persistir e variar de moderada a intensa, dependendo da extensão dos danos às estruturas do joelho.

Outros sintomas incluem inchaço, que tende a aumentar nas primeiras 24-48 horas, e uma sensação persistente de instabilidade.

A limitação de movimento também é comum, com pacientes apresentando dificuldade para dobrar ou esticar completamente o joelho.

Muitos relatam uma sensação de apreensão ao movimentar o joelho, temendo que o deslocamento ocorra novamente.

O que fazer quando o joelho sai do lugar

O deslocamento do joelho pode ser alarmante, mas há passos que você pode seguir para lidar com a situação. É crucial entender as medidas imediatas e os cuidados necessários para evitar complicações.

Primeiros socorros imediatos

Em caso de deslocamento do joelho, é essencial imobilizar a área para evitar mais danos. Não se havendo suspeita de lesão cartilaginosa, o paciente deve ser imediatamente imobilizado por, pelo menos, 15 dias visando a cicatrização do ligamento femoropatelar medial.

A imobilização deve ser feita de maneira cuidadosa para não causar mais lesões.

Quando procurar atendimento médico urgente

É fundamental procurar atendimento médico urgente após um episódio de deslocamento do joelho.

Mesmo que a patela volte ao lugar espontaneamente, uma avaliação médica é necessária para avaliar a extensão da lesão.

O que não fazer durante um episódio

Durante um episódio de deslocamento do joelho, há várias coisas que você deve evitar fazer. Não tente “estalar” ou forçar o joelho de volta ao lugar, pois isso pode agravar lesões existentes.

Além disso, evite massagear vigorosamente a área afetada, não aplique calor nas primeiras 48-72 horas, não ignore o episódio, e evite tomar analgésicos potentes antes da avaliação médica.

Diagnóstico da instabilidade patelar

Diagnosticar a instabilidade patelar envolve uma combinação de exames clínicos e de imagem. Essa abordagem permite aos médicos avaliar a condição com precisão e determinar o melhor plano de tratamento.

Exames clínicos realizados pelo médico

Os exames clínicos são fundamentais para avaliar a instabilidade patelar. Durante a consulta, o médico realizará uma avaliação física detalhada para verificar a amplitude de movimento do joelho, a estabilidade da patela e a presença de dor ou sensibilidade.

Além disso, o médico pode realizar testes específicos, como o teste de apreensão patelar, para avaliar a estabilidade da patela.

Exames de imagem necessários

Os exames de imagem são essenciais para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão.

A radiografia simples do joelho é frequentemente o primeiro exame solicitado, permitindo avaliar o alinhamento patelar e possíveis fraturas.

Além disso, a ressonância magnética é um exame valioso, pois permite visualizar lesões nos ligamentos e na cartilagem, fornecendo informações detalhadas sobre a condição da articulação do joelho.

Outros exames, como a tomografia computadorizada e a ultrassonografia dinâmica, também podem ser utilizados para avaliar a anatomia óssea e o movimento da patela.

Tratamento conservador para joelho deslocado

A abordagem conservadora é uma escolha comum para tratar joelhos deslocados, evitando a necessidade de cirurgia imediata.

Este método é particularmente eficaz para pacientes que apresentam deslocamentos patelares sem lesões associadas graves.

Imobilização e repouso inicial

A primeira etapa no tratamento conservador é a imobilização do joelho para evitar mais lesões e permitir o início do processo de cura. O repouso inicial é crucial para reduzir a dor e a inflamação.

Fisioterapia e fortalecimento muscular

Após a fase inicial de imobilização, a fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento.

Exercícios específicos são prescritos para fortalecer os músculos ao redor do joelho, melhorando a estabilidade e reduzindo o risco de futuros deslocamentos.

Uso de joelheiras e suportes

O uso de joelheiras e suportes pode ser recomendado para proporcionar estabilidade adicional ao joelho durante as atividades diárias e esportivas.

Após a retirada do imobilizador, uma joelheira simples pode oferecer conforto e melhorar a propriocepção, ajudando o cérebro a entender melhor a posição da articulação no espaço.

Existem diferentes tipos de órteses disponíveis, desde bandagens elásticas até joelheiras com estabilizadores laterais.

A escolha do tipo adequado deve ser feita por um médico ou fisioterapeuta, considerando as necessidades específicas do paciente.

Quando é necessária a cirurgia?

A instabilidade patelar recorrente pode exigir intervenção cirúrgica. Isso ocorre quando o joelho sai do lugar repetidamente, causando dor e instabilidade significativas.

Indicações para intervenção cirúrgica

A cirurgia é considerada quando o tratamento conservador não é eficaz. Isso inclui pacientes com luxação recidivante da patela, dor crônica e instabilidade femoropatelar.

A decisão de realizar uma cirurgia depende da gravidade da instabilidade e do impacto na qualidade de vida do paciente.

Tipos de procedimentos cirúrgicos

Existem vários procedimentos cirúrgicos para tratar a instabilidade patelar. A reconstrução do ligamento patelofemoral medial (LPFM) é um dos mais comuns.

Outros procedimentos incluem a trocleoplastia para displasia troclear severa, osteotomia de medialização da tuberosidade tibial anterior para desalinhamento significativo, e procedimentos de liberação lateral para reduzir a tensão excessiva nas estruturas laterais.

Prevenção de novos episódios de deslocamento

É importante adotar estratégias para prevenir novos episódios de deslocamento patelar e garantir a estabilidade do joelho.

A prevenção de novos episódios é fundamental para evitar danos progressivos à cartilagem articular e o desenvolvimento de artrose precoce.

O fortalecimento muscular contínuo, especialmente dos músculos do quadríceps e dos estabilizadores do quadril, é a base da prevenção.

Além disso, exercícios de propriocepção ajudam a melhorar a sensação de posicionamento do joelho, reduzindo o risco de movimentos que poderiam provocar deslocamentos.

Modificações nas atividades físicas, uso de joelheiras durante atividades de risco, manutenção de um peso saudável e técnicas adequadas durante atividades esportivas também são medidas preventivas importantes.

A atenção aos sinais de alerta, como sensação de instabilidade ou desconforto no joelho, permite intervenções precoces.

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