Guarapuava inicia campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”
Abertura, que contou com uma roda de conversas, reuniu especialistas e reforçou o compromisso do município no enfrentamento à violência de gênero
A Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPPM) realizou, na noite dessa terça-feira (25), a abertura oficial da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. A programação contou com uma roda de conversa reunindo profissionais que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. A vereadora e Procuradora da Mulher Professora Bia Neves também esteve presente, representando o presidente da Câmara, Pedro Moraes e a Promotoria da Mulher.
Participaram da mesa-redonda a advogada Iraneide Terto Komeche, que abordou a legislação e os direitos das mulheres, com destaque para a importância da produção de provas em casos de violência digital, a psicóloga Karoline Barbosa, que falou sobre os impactos emocionais dessas agressões, e a jornalista Amanda Pieta, que apresentou sua tese de doutorado sobre o crime de stalking.
Ao final das falas, o espaço foi aberto para que as participantes pudessem compartilhar experiências, dúvidas e reflexões. A troca de experiências qualificou o debate e fortaleceu o trabalho articulado do município no enfrentamento às diversas formas de violência de gênero.
A psicóloga Karoline Barbosa, que atua no Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM) da SPPM, destacou a urgência de se discutir a violência digital. “Fui convidada para abordar a violência digital contra mulheres e meninas, um tipo de agressão que infelizmente tem se tornado muito frequente em nossa sociedade. O objetivo é capacitar as pessoas que fazem parte dos serviços e instituições da nossa rede de enfrentamento à violência contra as mulheres aqui de Guarapuava”, afirmou.
Em um mundo cada vez mais conectado, a violência digital tem se consolidado como uma das formas de agressão que mais avançam na sociedade. A exposição não consentida de conteúdos, as perseguições e as ameaças no ambiente virtual impactam diretamente a segurança e o bem-estar das mulheres. Por isso, discutir o tema é fundamental para ampliar a orientação, fortalecer a prevenção e garantir que mais mulheres reconheçam essas situações e busquem apoio de forma segura.
A coordenadora do CRAM, Thalyta Forquim Bucco, reforçou que o foco da campanha deste ano segue a orientação da ONU Mulheres: “Neste ano, abordaremos a violência digital, um tipo de violência que vem crescendo cada vez mais em nossa sociedade. Vemos a importância de disseminar esse conhecimento para que mais mulheres reconheçam essas formas de violência, saibam como procurar ajuda e como denunciar”.