Grande asteroide passará pela Terra no dia das bruxas

Um asteróide de grande porte que passará perto da Terra promete ser uma atração especial neste dia das bruxas (31). De acordo com reportagem da rede norte-americana ABC, o objeto será o primeiro do tipo desde 2006 a viajar a uma distância tão próxima de nosso planeta.

O asteroide, que tem entre 160 e 609 metros de diâmetro, se move a uma velocidade extremamente alta, de cerca de 35 quilômetros por segundo, diz a ABC. Na noite de 31 de outubro, ele estará a 1,3 distâncias lunares da Terra, o que cientistas calculam equivaler a quase 500 mil quilômetros.

Apesar disso, o 2015 TB145, como foi batizado, não oferece risco ao planeta, segundo a ABC, citando a Nasa, a agência espacial norte-americana.

De acordo com o site Gizmodo, o objeto só foi descoberto muito recentemente, no dia 10 de outubro.

Fãs de observação espacial poderão tentar captá-lo com telescópios, mas a passagem será melhor observada do hemisfério norte, segundo o Gizmodo. Quem perder este avistamento terá oportunidade semelhante somente em 2027.

  • Megaestrutura alienígena?

A análise de uma estrela a 1.500 anos-luz de distância do Sistema Solar vem intrigando astrônomos e gerando uma série de teorias. Uma delas, em especial, se destaca por apontar uma suposta obra de engenharia altamente tecnológica feita por alienígenas — e ela é apoiada por cientistas renomados, como conta reportagem do jornal norte-americano Washington Post.

Ao analisar o sistema espacial onde se encontra a estrela batizada de KIC 8462852 — que teria a função semelhante à do nosso Sol –, em busca de planetas, os astrônomos observaram interrupções na sua emissão de luz. Porém, esses apagões fogem do padrão comum, como quando um planeta passa na frente do astro e causa uma leve obstrução.

A astrônoma Tabetha Boyajian, da Universidade Yale, uma das pesquisadoras dos dados enviados pelo espacial de Kepler, aponta que em pelo menos dois momentos houve redução drástica na emissão luminosa: na ordem de 15% e 22%.?A passagem de um planeta na frente do astro reduziria apenas 1% essa luminosidade.

Para tentar descobrir o que está ocorrendo, segundo o Washington Post, Tabetha recorreu à ajuda do astrônomo Jason Wright, pesquisador da Penn State University. Nós estávamos coçando a cabeça. Para toda ideia que surgia, havia sempre algo para contra-argumentar, relatou Tabetha.

A partir do encontro, grupos chefiados pelos cientistas passaram a discutir hipóteses que tenham levado a estas obstruções. Um documento com possíveis explicações foi registrado na Royals Astronomical Society.

Segundo o Washington Post, com base em observações de estrelas relativamente próximas a KIC 8462852, descartou-se a possibilidade de falha no equipamento. Também não era algo inerente à estrela, já que pela idade ela deveria ser estável em relação à variação de luz.

Uma das explicações mais plausíveis é a de que um cometa tenha se fragmentado e espalhado detritos em um grande volume de espaço — embora pequenos, ao se aproximar da estrela estes pedaços podem ter evaporado formando uma nuvem que bloqueou a passagem da luz.

Apesar das análises mais céticas (em relação à vida inteligente fora da Terra), uma hipótese curiosa foi levantada pelos pesquisadores: a de que uma civilização avançada tenha construído uma megaestrutura. Eles se baseiam na aposta de que tal civilização teria capacidade de aproveitar a energia de seu sol.

Para Tabetha e Wright, esta grande obra de engenharia alien seria algo como a esfera Dyson, proposta pela primeira vez pelo físico Freeman Dyson. Seria uma megaestrutura orbitando ou envolvendo uma estrela, capaz de capturar sua energia para o uso em algum planeta.

Uma esfera Dyson nunca foi visto na vida real, obviamente, mas, de acordo com o jornal norte-americano, seria parecida com uma bola de metal em torno do sol e teria provavelmente uma cadeia de satélites menores ou habitats espaciais — algo que iria bloquear a luz da sua estrela, da forma que se observou na KIC 8462852.

Apesar do furor causado pela afirmação, uma comprovação científica será muito difícil, sobretudo pelo fato de o telescópio Kepler não monitorar mais esta região do espaço.

Com isso, a esperança dos cientistas se concentra na possibilidade de captar ondas de rádio que eventualmente são emitidas por tamanha obra espacial. Enquanto isso, resta aos astrônomos a dúvida.

  • (com informações da Nasa)