Varejo paranaense sustenta ritmo de crescimento, mas sinais de desaceleração começam a surgir

Enquanto o comércio nacional recua em comparação ao mesmo período do ano passado, Paraná segue em alta impulsionado pelo mercado de trabalho e pela força produtiva local

O volume de vendas do comércio varejista ampliado cresceu 0,9% no Brasil e 1,3% no Paraná em agosto, na comparação com julho de 2025, conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a agosto de 2024, o cenário nacional registrou retração de 2,1%, enquanto o varejo paranaense manteve avanço de 0,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 0,7% no país e de 2,5% no estado.

Segundo o economista e assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), Lucas Dezordi, o resultado nacional indica perda de fôlego nas vendas, mas o Paraná ainda demonstra resiliência.

“O comércio varejista ampliado, que inclui a venda de veículos, motocicletas e peças, mostrou desaceleração no cenário nacional em agosto, influenciada pelo aumento dos juros e pela maior dificuldade na concessão de crédito. O comércio paranaense, por sua vez, mantém desempenho acima da média nacional, mas já demonstra sinais de desaceleração. A expectativa é de que o ritmo de crescimento siga moderado nos próximos meses, refletindo o ambiente de crédito mais restrito e o impacto gradual dos juros elevados sobre o consumo das famílias”, analisou.

Entre as atividades com melhor desempenho no estado em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, destacam-se móveis e eletrodomésticos, com alta de 24,2%, seguidos por atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (+10,0%) e tecidos, vestuário e calçados (+8,4%).

Em contrapartida, as maiores quedas ocorreram nos segmentos de veículos, motocicletas e peças (-8,2%), combustíveis e lubrificantes (-6,1%) e artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos (-3,7%). No acumulado dos últimos 12 meses, o setor de equipamentos e material para escritório apresentou a retração mais acentuada, de 10,7%, seguido pelo atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,7%).

Fonte: Fecomércio-PR

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