Atleta de Guarapuava representou o Brasil no Mundial de Ironman

Cleverson Dijubanovski foi o terceiro melhor brasileiro na competição, e levou o nome da cidade à elite do triathlon internacional

O atleta guarapuavano Cleverson Dijubanovski, de 34 anos, garantiu vaga para o Campeonato Mundial de Ironman, que foi realizado no dia 14 em Nice, na França, após uma performance extraordinária na prova de triathlon em Florianópolis (SC). Com 3.800 metros de natação, 180 quilômetros de ciclismo e 42,2 quilômetros de corrida, Cleverson fechou o percurso na França em 10 horas, 3 minutos e 2 segundos. O resultado o colocou em 40º lugar na categoria M35-39 entre 288 competidores, 226º geral entre 2.366 atletas e, com muito orgulho, foi o terceiro melhor brasileiro na competição.

“Sou o primeiro guarapuavano e o primeiro atleta da região a conquistar essa vaga. Estou muito feliz por isso, porque é uma prova extremamente pesada, que exige muita dedicação e preparo. Graças a Deus deu certo”, celebrou o atleta.

A conquista de Cleverson é motivo de orgulho para toda Guarapuava, que valoriza e incentiva seus talentos por meio do projeto “Guarapuava Abraça o Esporte”. Iniciativa que destaca e reconhece a importância dos atletas locais, suas histórias de superação e dedicação, e o papel fundamental que desempenham na formação de uma cidade mais saudável, determinada e inspiradora.

Cleverson contou que começou no triathlon em 2015, com provas de curta distância. Para conquistar a vaga no Mundial, foram mais de sete meses de treinos intensos, de dois a três por dia, somando cerca de 30 horas semanais.

“Nos finais de semana, simulava as condições reais da prova. Agora, a preparação foi ainda mais específica, com treinos em águas abertas e percursos montanhosos, para me adaptar ao desafio que me esperava na França.”

A origem do sonho

A trajetória de Cleverson no esporte começou de forma inusitada, motivada por uma promessa de fé. Antes atleta de rodeio, ele decidiu mudar de vida após o nascimento da filha, que enfrentou sérios problemas de saúde durante a gestação. Na época, ele prometeu que, se tudo desse certo, pedalaria de Guarapuava até Aparecida do Norte, e assim fez, mesmo sem bicicleta ou preparo físico.

“Foram mil quilômetros em sete dias. Comecei a treinar por essa promessa, e logo percebi como a atividade física transformou minha vida. Aquilo virou hábito. Um amigo me incentivou a participar de uma prova de triathlon em 2017. Era curta, mas para mim foi um grande desafio. Consegui completar e nunca mais parei”.

Desde então, o esporte virou parte de sua identidade. Em 2022, disputou seu primeiro Ironman e, por pouco, não se classificou para o Mundial. Mas o “quase” virou combustível. Em 2025, ele voltou mais forte e conquistou seu lugar entre os grandes do esporte mundial.

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